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Relatório final da MP dos Portos será votada hoje em Brasília

Créditos: Agência Brasil

Hoje, às 14h, a comissão mista do Congresso Nacional que analisa a Medida Provisória 595, a MP dos Portos, votará o relatório final do assunto em Brasília. Os portuários estão ansiosos pelo resultado e esperam que o texto seja aprovado com os pedidos que eles fizeram nas últimas semanas.

Um acordo foi costurado com o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), relator da MP na comissão mista. Se o texto for aprovado do jeito que está, dará aos avulsos a possibilidade de atuação nos terminais privados que surgirão no País nos próximos anos. “Estivemos no Congresso Nacional hoje (ontem) para conversar com senadores e deputados da comissão mista. Foi um papo bom e percebemos que os assuntos trabalhistas estão bem definidos”, resume o presidente da Federação Nacional dos Estivadores (FNE), Wilton Barreto.

Apenas um ponto incomoda os sindicalistas. As garantias de que a aposentadoria especial realmente será reativada para os trabalhadores portuários avulsos.

À Agência Brasil, o deputado federal José Guimarães (PT-CE), presidente da comissão mista, disse que o relatório final da MP 595 incorporou sugestões de diferentes segmentos.

Quem também falou ontem sobre as mudanças nos portos foi a presidente Dilma Rousseff. Para ela, a MP dos Portos “é uma das coisas mais importantes para o futuro do País”.
Veja o que muda com a MP 595

A MP 595 revoga a Lei dos Portos, de 1993, e produz duas grandes mudanças no setor portuário brasileiro.

A mais importante delas é a que elimina as restrições à movimentação de cargas de terceiros nos terminais privados.

A outra é abrir caminho para a desburocratização da administração do porto público, fortalecendo o papel da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

No aspecto trabalhista, não houve mudanças substanciais nas normas que regem o trabalho portuário no País.

Preservou-se a prioridade de trabalho ao portuário avulso, protegendo o trabalhador dos efeitos negativos que possam surgir com a modernização dos portos.

Foram mantidas as atribuições dos órgãos gestores de mão de obra (Ogmo) no tocante à fiscalização das condições de trabalho.

Terminais de uso privativo terão o direito de escolher se querem trabalhar com mão de obra vinculada ou avulsa.

Autoridade Portuária tem no papel a obrigação de organizar a Guarda Portuária, o que evita qualquer possibilidade de terceirização da atividade.

Operador portuário não poderá usar mão de obra temporária.

Trabalhador portuário deve ser treinado para garantir a adaptação dele ao processo de modernização dos portos.

Caminho fica livre para a adoção definitiva da renda mínima mensal aos avulsos nos portos e a obtenção da aposentadoria especial.

O trabalho de capatazia, estiva, conferência, conserto de carga, bloco e vigilância será realizado apenas por portuários com vínculo empregatício por prazo indeterminado e por trabalhadores portuários avulsos.

É necessária a inscrição do trabalhador portuário em cadastro de avulsos que ateste a qualificação profissional dele para o desempenho das atividades no cais.

Contratação com vínculo empregatício de portuários de capatazia, bloco, estiva, conferência, conserto de carga e vigilância será feita exclusivamente entre os trabalhadores portuários avulsos registrados.

Fonte: A Tribuna