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Portos terão R$ 35,8 bi até 2016

Desse total, 55% serão financiados pelo BNDES, segundo projeção do banco de fomento anunciada ontem, em seminário na Capital

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estima investimentos de R$ 35,8 bilhões para o setor portuário entre este ano e 2016. Desse total, 55% serão financiados pelo órgão de fomento e o restante, pelos governos e pela iniciativa privada.

 Analisando todo o segmento de infraestrutura, incluindo o capital a ser destinado a rodovias, ferrovias, aeroportos e até ao Trem de Alta Velocidade (TAV), serão R$ 183 bilhões, dos quais o BNDES deve financiar 43%, enquanto os recursos públicos responderão por 19% e os demais 38% ficarão com os investidores privados.

 As informações são do gerente da área de infraestrutura do BNDES, Dalmo dos Santos Marchetti, que participou, ontem, em São Paulo, do seminário Pacote Portos: Investimentos e Novas Regras.

 Segundo Marchetti, as estimativas já contemplam parte das postergações no cronograma das novas concessões de infraestrutura. Do total estimado para o setor portuário, a maior parcela, de R$ 24 bilhões (67%), deve ser destinada à modernização e ao aumento da capacidade dos terminais, enquanto outros R$ 5 bilhões (14%) serão aplicados no aumento da oferta de terminais de contêineres.

 Novos portos públicos consumirão R$ 3,9 bilhões e os restantes R$ 3 bilhões correspondem ao investimento público direto em infraestrutura e superestruturas.

O total previsto para o segmento nos próximos dois anos– R$ 35,8 bilhões– contrasta com os R$ 54,6 bilhões estimados pelo Governo Federal até 2017, com

o Programa de Investimentos em Logística (PIL), que prevê até 65% de participação do BNDES. “Como existem projetos que não são financiados pelo BNDES e outros que são financiados com alavancagem diferente da prevista para o programa, a participação do banco fica menor”, disse Dalmo Marchetti.

 Os recursos para infraestrutura contemplam não apenas o previsto pelo Governo dentro do PIL, mas também investimentos em concessões e obras realizados por órgãos governamentais, como a Infraero e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

 As rodovias devem receber investimentos de R$ 69 bilhões até 2016, dos quais 34% serão recursos do BNDES, enquanto aeroportos terão R$ 10 bilhões, sendo 46% do banco de fomento, e no setor de ferrovias, o montante será de R$ 55 bilhões, sendo 42% do BNDES. Por fim o TAV terá no período R$ 14 bilhões, sendo

60% proveniente do banco.

Fonte: Estadão Conteúdo