Banner página

Notícias

Notícias

Navio invadido por estivadores segue para Santos Brasil nesta manhã

O navio Maersk La Paz, que foi invadido por trabalhadores avulsos do Porto de Santos (TPAs) na última quinta-feira, seguiu na manhã deste sábado para o Terminal de Contêineres (Tecon) da Santos Brasil na margem esquerda (Guarujá) do complexo santista. No local, ele vai operar 4.500 toneladas de mercadorias, que estão acondicionadas em caixas metálicas. A princípio, a movimentação dos cofres seria feita no novo terminal multiuso da Embraport, na Área Continental da Cidade. No entanto, os protestos dos estivadores impediram a realização do trabalho. Segundo a Embraport, o navio segue para a Santos Brasil por “questão de segurança e preservação patrimonial”.

Os TPAs deixaram o cargueiro na madrugada desta sexta-feira, após agendamento de reunião com a empresa na próxima semana. Na segunda-feira, também ocorrerá encontro com o prefeito Paulo Alexandre Barbosa. O chefe da Administração Municipal vai receber os presidentes dos sindicatos dos operários portuários (Sintraport) e dos estivadores.

O impasse no Porto se deve à luta dos avulsos para que a Embraport contrate os trabalhadores vinculados ao Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) para operar as embarcações que atracam no empreendimento. Por enquanto, a empresa segue a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), conforme previsto no novo marco regulatório do setor portuário, a Lei 12.615, regulamentada pela presidente Dilma Rousseff no mês passado.

Para tentar mudar esse cenário, os estivadores têm feito manifestações frequentes. A última foi a invasão do navio Maersk La Paz, na quinta-feira. Essa não é a primeira vez que eles invadem um navio no cais santista. A primeira foi no navio Zhen Hua 10, que trouxe equipamentos para o novo terminal, em fevereiro. Na ocasião, os trabalhadores demonstraram descontentamento com a contratação de chineses para o desembarque e montagem do maquinário.

Antes de invadir o Maersk La Paz, os estivadores chegaram a fazer protestos contra a empresa ao longo da semana, culminando com a invasão. No total, 93 estivadores participaram do protesto a bordo do cargueiro. Impedido de operar, o navio seguiu para Barra, onde ficou aguardando janela de atracação na Santos Brasil, onde a operação é feita por avulsos.

Fonte: A Tribuna