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Após reunião sem acordo, portuários fazem novo protesto

Após uma reunião sem acordo entre o terminal Embraport e os presidentes dos sindicatos dos Estivadores, Rodnei Oliveira da Silva, e dos Operários Portuários (Sintraport), Claudiomiro Machado, as duas categorias fazem nesta quarta-feira, às 14 horas, um novo protesto na Rua Xavier da Silveira, atrás da Alfândega, no Centro de Santos. Com isso, a expectativa é de que, mais uma vez, o tráfego na Avenida Perimetral fique congestionado. Nesta terça-feira, a manifestação congestionou a Xavier da Silveira, a Perimetral e a Via Anchieta, na entrada da Cidade.

Ainda nesta quarta-feira, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, se reunirá com representantes da Embraport em horário e local não divulgados. Ele declarou apoio aos portuários avulsos durante as últimas semanas e conversou com eles na última segunda-feira.
Créditos: Carlos Nogueira

Antes mesmo da reunião, trabalhadores já protestavam atrás da Alfândega de Santos na tarde desta terça-feira

A empresa e os trabalhadores não se entendem por conta da mão de obra que deve atuar no terminal. Os sindicalistas propuseram uso de avulsos na Embraport por um ano e reuniões neste período pra discutir a adoção do vínculo empregatício.

A Embraport rejeitou o pedido e manteve firme a ideia de aceitar nas operações de seu terminal apenas a mão de obra contratada via Carteira de Trabalho, proposta que deixa os portuários insatisfeitos.

Não há um novo encontro previsto entre as partes. “A atitude radical da Embraport pode gerar reação em cadeia e criar um ambiente para o fim do trabalho avulso”, disse Miro.

Rodnei também fez críticas. “Querem nos vencer pelo cansaço, mas não vamos cansar. Eles não querem negociar, mas sim impor mudanças. Chegamos a pedir a doação do que eles ganharam com dois navios para a Santa Casa de Santos. Nem isso foi aceito”.

Créditos: Bruno Miani

Reunião com lideranças sindicais e o terminal Embraport não definiu mudanças na forma das contratações
A Embraport está amparada pela Lei 12.815, sancionada em junho pela presidente Dilma Rousseff com novas regras para os portos brasileiros. Ela diz que os terminais privados como a Embraport podem usar mão de obra vinculada, se assim preferirem.

Diante desse quadro, a empresa alega que os sindicatos “se mantêm intransigentes em não aceitar a proposta de contratação de funcionários dentro da lei, com carteira assinada e baseada na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)”. A Embraport lembra ainda que já tem acordos com outros três sindicatos de avulsos: Sindaport, Sindogeesp e Conferentes.

Fonte: A Tribuna