Os portuários avaliarão a campanha que se desenrola há três semanas pela utilização dos trabalhadores no recém-inaugurado terminal da Embraport na Margem Esquerda do Porto de Santos. A empresa vinha utilizando mão de obra própria no lugar dos avulsos.
Na assembleia, os operários e os estivadores debaterão os próximos passos da campanha, que engloba uma audiência em Brasília, terça-feira, no Palácio do Planalto.
Esta será a primeira assembleia unificada das duas entidades na história do sindicalismo santista, lembra o presidente dos operários (Sintraport), Claudiomiro Machado ‘Miro’. O encontro ocorrerá na Rua dos Estivadores, 101.
Reunião
Na última sexta-feira, representantes da Embraport e do Sindicato dos Estivadores se reuniram para tentar chegar a um Acordo Coletivo de Trabalho, mas a reunião terminou sem um consenso.
Por meio de nota, a Embraport informou que propôs aumento salarial e a criação de um fundo social para os trabalhadores portuários, mas os sindicatos não aceitaram a contratação de trabalhadores com carteira assinada, com base na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Ainda de acordo com a Embraport, a empresa está esperançosa de que os sindicalistas reconheçam o regime da CLT, previsto pela nova Lei dos Portos. Três sindicatos já fizeram acordo com base na CLT, representando 90% dos trabalhadores empregados no terminal.
Após a reunião, a Embraport decidiu suspender a atracação de um navio que estava prevista para esta semana. Segundo a empresa, a medida foi tomada para evitar uma reação por parte dos estivadores, que prometeram agir caso algum navio seja operado sem a mão de obra dos trabalhadores avulsos.
Fonte: A Tribuna