Protestos da categoria, que é contra o alto valor do diesel, causa transtornos na região.
Os caminheiros autônomos seguem realizando, nesta quinta-feira (24), protestos nos acessos ao Porto de Santos, no litoral de São Paulo, pelo quarto dia consecutivo. A categoria se reúne na Alemoa, entrada para os terminais do lado de Santos, e também na Rua do Adubo, que dá acesso aos terminais da margem esquerda, no Guarujá. O Vale do Ribeira, no interior paulista, também sofre com as manifestações.
A greve acontece em todo o país, devido ao alto preço do combustível e o baixo valor do frete. Os caminhoneiros ainda reivindicam o não pagamento nas praças de pedágio do eixo erguido e as melhorias nos locais de parada. Apesar do anúncio da Petrobras de baixar o preço dos combustíveis, os caminhoneiros dizem que a decisão ainda não atinge as expectativas e reivindicações da categoria.
Os transportadores impedem a passagem de caminhões nas duas margens do cais, em Santos e Guarujá, desde segunda-feira (21). A situação vem causando diversos transtornos para a região. Moradores enfrentam escassez de combustíveis nos postos, preços abusivos e, ainda, redução da frota de transporte público em algumas cidades.
Equipes da Polícia Militar e da Guarda Portuária acompanham o protesto, que não registrou ocorrências ou necessidade de intervenção, segundo informações oficiais divulgadas pelas corporações. Na terça-feira (22), os caminhoneiros bloquearam o acesso ao pátio, em Cubatão (SP), que faz a triagem de veículos comerciais que seguem em direção aos terminais do Porto de Santos.
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informou que o acesso de veículos rodoviários de carga às instalações do Porto de Santos apresenta, desde segunda-feira, redução nas operações de recepção e entrega de mercadorias pelos terminais. Já as operações de atracação e carga e descarga de navios ocorrem normalmente, sem qualquer comprometimento.
Os terminais do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, iniciaram nesta quarta-feira (23) racionamento de combustível para manter as operações internas nas empresas. Entidades do setor alertam para falta de espaço para armazenamento de cargas desembarcadas de navios, e pedem intervenção de força policial.
A categoria também realiza protestos na região do Vale do Ribeira, no interior de São Paulo. Caminhoneiros colocaram fogo em pneus em pontos da Rodovia, bloqueando a passagem de veículos. Nesta quinta-feira (24), o km 385+750 (Pista Sul) da Rodovia Régis Bitencourt, em Miracatu, as faixas 1 e 2 estão interditadas com reflexo de 4 km de congestionamento no sentido Curitiba.
No local, o acostamento está liberado na saída do posto Fazendeiro para fluidez de automóveis. Já na altura de Jacupiranga, no km 477 da Rodovia, os dois sentidos estão bloqueados, com a faixa 2 e o acostamento interditados. Há reflexo de 7 km de congestionamento na Pista Sul, e 1 km de fila na Pista Norte.
Fonte: G1 Santos