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Dólar recua pela 2ª sessão seguida e fecha cotado a R$ 4,08

Moeda norte-americana caiu 0,57%, vendido a R$ 4,0812, com investidores atentos a acordo entre os EUA e México.

O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (27), após ter subido quase 5% na última semana, com investidores acompanhando o cenário externo, no qual Estados Unidos e México fecharam um acordo comercial, deixando o Canadá de fora. O mercado também continuou de olho no cenário eleitoral.

A moeda norte-americana caiu 0,57%, vendida a R$ 4,0812. Na abertura, chegou a subir e alcançou R$ 4,1164. Na mínima do dia, a moeda bateu R$ 4,0499.

O dólar turismo fechou negociado a R$ 4,25, sem considerar o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).

Esteve no radar o acordo entre EUA e México, que será chamado “The Unites States-México Trade Agreement” (Acordo Comercial Estados Unidos-México) e não mais Nafta (antiga sigla para Acordo de Livre Comércio da América do Norte). O Canadá, por enquanto, ficou de fora das negociações.

À espera de novidades na corrida eleitoral, o dólar recuou no exterior após o chairman do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, ter mantido na sexta-feira o discurso de mudanças graduais para a política de juros norte-americana, destaca a Reuters. Desta forma, segue a avaliação de duas novas altas até dezembro.

“O mercado está um pouco mais racional hoje. O cenário favorável lá fora e a ausência de notícias (eleitorais) está fazendo o mercado se acomodar um pouco depois de uma semana de muita cautela”, disse à Reuters o operador da Spinelli Corretora José Carlos Amado.

Na sexta-feira, o dólar encerrou em queda de 0,42%, a R$ 4,1047. Na semana, porém, teve alta de 4,86%. No mês, a valorização é de 9,36% e, no ano, de 23,88%.

Novo patamar e perspectivas

A recente disparada do dólar, que voltou a romper a barreira dos R$ 4 após 2 anos e meio, acontece em meio às incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.

Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram uma fraqueza de candidatos voltados a reformas alinhadas com o mercado. Além disso, o nervosismo gera maior demanda por proteção, o que pressiona o real. Exportadores, empresas com dívidas em dólar e turistas preocupados correm para comprar e ajudam a elevar o preço da moeda americana.

Outro fator que pressiona o câmbio é a perspectiva de elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes.

A visão dos analistas é de que o nervosismo tende a continuar e que o mercado irá ficar testando novas máximas até achar um novo piso ou até que se tenha uma maior definição da corrida eleitoral.

A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 avançou de R$ 3,70 para R$ 3,75, segundo boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda. Para o fechamento de 2019, ficou estável em R$ 3,70.

Fonte: G1 Economia