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Governo estuda licitar 11 áreas no Porto de Santos

A Secretaria de Portos (SEP) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) estudam transformar em 11 as 25 áreas do Porto de Santos que deverão ser leiloadas ainda neste ano, devido ao fim dos contratos de concessão. A ideia é unificar alguns terminais próximos, permitindo a criação de instalações maiores e, até mesmo, uma nova distribuição de cargas no complexo santista. A Codesp aprova a medida.

Não é de hoje que se discute a possibilidade de união de áreas abrindo espaço para uma nova configuração do Porto. O tema é debatido há pelo menos quatro anos, conforme vem sendo acompanhado por A Tribuna. E entre as regiões passíveis de serem reordenadas, a Ponta da Praia e o Saboó seguem no topo da lista.

Com aproximadamente 300 mil metros quadrados, o cais do Saboó é dividido em pequenos terminais, com administrações e encerramentos de contratos diferentes. Caso o plano da SEP e da Antaq seja colocado em prática, o local passará a contar apenas com um grande empreendimento, a ser operado pela empresa vencedora da concorrência que deverá ser publicada em breve no Diário Oficial da União (DOU). A nova instalação movimentará contêineres e carga geral.

Créditos: Carlos Nogueira

Caso a ideia seja colocada em prática, Saboó passará a contar apenas um grande empreendimento

Empresas como a Rodrimar e a Deicmar possuem áreas nesse trecho atualmente. A primeira administra 27,7 mil metros quadrados e o contrato vai expirar em fevereiro de 2014. No entanto, uma liminar permitirá que a companhia permaneça no local até 2016. Já a Deicmar opera 36,1 e 31,5 mil metros quadrados, que terão suas concessões vencidas em junho do próximo ano. Outra que também está neste trecho é a Ecoporto Santos, que adquiriu a Termares recentemente.

Na Ponta da Praia, a ADM é uma das empresas que, provavelmente, terá suas áreas, que totalizam 50,6 mil metros quadrados, unificada a de outros terminais. O contrato da operadora expira em agosto de 2017.

Ao todo, a previsão é de que 1,1 milhão de metros quadrados estejam disponíveis à iniciativa privada. Procurada para detalhar o projeto, a SEP informou que há uma comissão mista formada por técnicos da pasta federal e da Antaq analisando quais áreas deverão ser licitadas e a possibilidade de criação de instalações maiores. A previsão é de que os estudos sejam concluídos ainda nesta semana.

Para a Codesp, as alterações na configuração do Porto trazem melhorias à movimentação de cargas. “A Codesp entende que áreas de maior dimensão, com berços de atracação maiores e adequados às novas profundidades do canal de navegação do Porto de Santos, que permitirá receber embarcações de maior dimensão, permitem o aumento da produtividade e produzem ganhos em escala importantes para o bom desempenho do complexo”, destaca a Autoridade Portuária.

Fonte: A Tribuna