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Dólar segue em alta nesta sexta, a R$ 4,17

Na véspera, o dólar subiu 0,63%, a R$ 4,1434, após intervenção do BC.

O dólar continua em alta nesta sexta-feira (31), após atingir o patamar de R$ 4,21 durante as negociações da véspera, mas fechar a R$ 4,14 com intervenção do Banco Central. Os investidores continuam monitorando as incertezas eleitorais no Brasil e o cenário exterior.

Às 9h10, a moeda norte-americana subia 0,73%, a R$ 4,1736. Veja mais cotações.

Na véspera, o dólar subiu 0,63%, a R$ 4,1434, no maior patamar desde 21 de janeiro de 2016. Na máxima do dia, a cotação chegou a R$ 4,2144, mas perdeu força após o BC anunciar leilão adicional de swaps cambiais tradicionais.

Internamente, o BC brasileiro informou em comunicado na quinta-feira que sua atuação no mercado cambial é “separada de sua política monetária [definição dos juros para atingir as metas de inflação], não havendo, portanto, relação mecânica entre a política monetária e os choques recentes”. Ou seja, a instituição informou que não vai subir os juros básicos da economia, atualmente na mínima histórica de 6,5% ao ano, exclusivamente por conta da disparada do dólar.

Também na véspera, o banco central argentino anunciou que subiu os juros básicos da economia do país de 45% para 60% ao ano, numa tentativa de conter a forte queda do peso.

 Novo patamar e perspectivas

A recente disparada do dólar, que voltou a romper a barreira dos R$ 4 após 2 anos e meio, acontece em meio às incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.

Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram uma fraqueza de candidatos voltados a reformas alinhadas com o mercado. Além disso, o nervosismo gera maior demanda por proteção, o que pressiona o real. Exportadores, empresas com dívidas em dólar e turistas preocupados correm para comprar e ajudam a elevar o preço da moeda americana.

Outro fator que pressiona o câmbio é a perspectiva de elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes.

A visão dos analistas é de que o nervosismo tende a continuar e que o mercado ficará testando novas máximas até achar um novo piso ou até que se tenha uma maior definição da corrida eleitoral.

Fonte: G1 Economia