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Aeronáutica, Marinha e Exército mobilizam equipes para localizar pescadores desaparecidos

Créditos: Arquivo/Reprodução

Avião de Busca e Resgate auxilia os trabalhos

O Comando da Força Aérea Brasileira, em Brasília, confirmou, na manhã desta terça-feira, a utilização de um avião do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento para reforçar os trabalhos de localização dos três pescadores desaparecidos no mar de Guarujá, desde o último sábado. Marinha e Exército, além do Corpo de Bombeiros, também integram as equipes, que ainda têm o apoio de amigos das vítimas em embarcações de recreio.

Na noite de segunda-feira, chegou à sede da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) o navio-patrulha Gurupi, da Marinha do Brasil.  A embarcação, que pode ficar até 10 dias sem reabastecer, veio do Rio de Janeiro após solicitação feita – e prontamente atendida – pelas autoridades locais.

Ao todo, 13 equipes estão à procura de Robson Sanches, de 29 anos, Petterson Fernando, de 25, e Bruno Oliveira, de 26 anos, que saíram para pescar na manhã do último sábado e não voltaram para casa até então. Eles trabalham em um estaleiro, em Guarujá, e nas horas vagas, segundo familiares, aproveitam para pôr em prática uma grande paixão: a pescaria.

Créditos: Boqueirão

Navio do Corpo de Bombeiros saiu logo pela manhã para reforçar as buscas pelos pescadores

“Estamos focados no resgate e trabalhamos com todas as hipóteses, inclusive a de eles ainda não terem naufragado”, explicou o tenente do GBmar Ronnie Mesquista, que coordena os trabalhos. As buscas por parte dos Bombeiros acontecem com dois botes, com o navio Governador Fleury, com uma lancha e com o helicóptero Águia 5, que sobrevoa toda a região de Itanhaém (Litoral Sul) à Barra do Una (Litoral Norte).

No final da manhã de segunda-feira, a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), da Marinha do Brasil, colocou uma equipe, em uma lancha, no mar. Em seguida, soldados da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, localizada na Praia do Guaiúba, em Guarujá, foram mobilizados para fazer uma varredura na mata que fica entre a Ilha das Palmas e as redondezas do quartel, pertencente ao Exército Brasileiro.

Ainda de acordo com o tenente Mesquita, as buscas foram iniciadas ainda na noite de sábado e intensificadas no domingo. “A ocorrência chegou para a gente às 20 horas (do sábado) e só fomos parar na madrugada. Não sabemos se estão em alto mar ou na costa, mas as buscas foram ampliadas e vamos achá-los”. O tempo aberto e as boas condições marítimas facilitam os trabalhos em toda a Baixada Santista.

Somando-se às seis equipes dos Bombeiros, da Marinha e do Exército, outros seis barcos, pertencentes a amigos dos desaparecidos, estão percorrendo toda a área onde os rapazes costumam pescar. De forma autônoma, eles ajudam nos trabalhos. A Tribuna On-line apurou ainda que na Frequência 21, linha de emergência de rádio, há avisos constantes sobre o desaparecimento dos três pescadores.

Créditos: Arquivo/Reprodução

Navio-patrulha da Marinha, enviado do Rio de Janeiro, também reforça buscas por pescadores

Navio-patrulha

Com 46,5 metros de comprimento, 7,5 metros de largura (boca) e 2,3 metros de calado (distância entre a linha d’água e o fundo da embarcação”, o navio-patrulha Gurupi, da Marinha do Brasil, é considerado o “Xerife dos Mares”. Ele pertence à classe Grajaú, composta por pelo menos doze navios construídos pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), com parceria com outros estaleiros, inclusive da Alemanha.

Incorporado em 23 de abril de 1996 à esquadra brasileira, o Gurupi possui pelo menos 23 toneladas, três geradores de energia e é capaz de atingir até 50 Km/h no mar. Além disso, ele possui tecnologia atualizada, com radares e até equipamento de visão noturna. Com capacidade para 10 homens, a embarcação também pode carregar um bote inflável para salvamentos e abordagens rápidos.

Créditos: Arquivo Pessoal

Três pescadores estão desaparecidos desde sábado. Eles trabalham em um estaleiro em Guarujá
Família

“Achamos que a rede de pesca pode ter virado o barco, mas eles sabiam o que estavam fazendo”, comenta o cunhado de Robson, Rogério Benvindo. Segundo ele, era comum que o trio saísse nos finais de semana de folga para pescar nas cidades da região. “Temos a certeza de que eles não foram para Praia Grande. Desta vez, ficariam em Guarujá”. O pescador é casado e tem um filho de 7 anos.

A esposa de Peterson, Regiane dos Santos, conta que conseguiu contato com o marido no final da tarde de sábado. “Eram 17 horas quando consegui falar com ele. A ligação estava ruim, mas o Bruno me contou que já estavam voltando para Guarujá”. Uma hora depois, ela fez várias outras tentativas, mas em nenhuma obteve sucesso. De todos, ele é o único que é de Praia Grande.

Já o irmão do Bruno, Yago dos Santos, acredita no naufrágio do pequeno barco de alumínio que levava dos três amigos. “Eles sabiam nadar. Talvez tenham sofrido um acidente e ido em direção à mata próximo ao batalhão do Exército”, disse. Ele se refere à 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, localizada no Guaiúba, em Guarujá. Uma equipe de soldados se juntou às buscas. Bruno tem um filho de 4 anos.

Fonte: A Tribuna