O impasse entre a Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport) e os trabalhadores avulsos do Porto de Santos vai continuar por um bom tempo. Mais uma vez, em uma reunião realizada em Brasília, na manhã desta quarta-feira, os Estivadores e Operários do complexo santista não assinaram um acordo, comprometendo a intenção de vinculá-los à companhia.
Em nota divulgada no início desta tarde, o presidente da categoria, Rodnei Oliveira da Silva, diz que apresentou, durante o encontro, uma contraproposta de trabalho para a utilização dos portuários nas operações do novo terminal pelos próximos dois anos.
O documento, segundo o sindicalista, será analisado pela direção da Embraport e pelos representantes do Governo, José Lopez Feioó, assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Manoel Messias, secretário de Relações do Trabalho do MTE, intermediadores do processo negocial.
“Estamos propondo um modelo inédito e totalmente voltado para a obtenção de resultados e metas previamente estabelecidas pela empresa, que seguramente serão alcançadas com o aproveitamento da nossa mão de obra através de pacotes fechados por navio”, pontuou o presidente da Estiva.
Segundo o dirigente, a empreitada por embarcação poderá ocorrer por meio de uma equipe única composta por estivadores recrutados pelo Terminal. “Deixamos a critério do setor de Recursos Humanos da Embraport a escolha dos profissionais desde que sejam selecionados junto ao Órgão Gestor de Mão de Obra)”.
Os valores e composições das equipes de trabalho não foram discutidos na reunião. “Esperamos pelo aceite dos termos apresentados para depois avançarmos nessa questão”, disse Rodnei, que pediu a prorrogação de mais 30 dias para a continuidade da requisição da mão de obra junto ao Ogmo e das negociações. O prazo inicialmente acordado expira no próximo dia 31.
A Embraport ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Fonte: A Tribuna