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Dólar opera em baixa, enquanto mercado aguarda a ata do Fed

No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 1,70%, vendida a R$ 4,9868, renovando o maior nível desde 1º de junho.

O dólar opera em baixa nesta quarta-feira (16), após três pregões consecutivos de baixa. O dia é de agenda mais tranquila no Brasil e dados da economia da Europa deixaram investidores mais otimistas. O mercado aguarda, também, a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em busca de novas sinalizações sobre o rumo das taxas de juros nos Estados Unidos.

Às 12h, a moeda norte-americana caía 0,31%, cotada a R$ 4,9714. Veja mais cotações.

No dia anterior, o dólar encerrou o pregão com alta de 0,43%, vendido a R$ 4,9868, renovando o maior patamar desde 1° de junho. Com o resultado, a moeda passou a acumular:

  • altas de 1,70% na semana e de 5,45% no mês;
  • recuo de 5,52% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

O dia é de agenda mais vazia no Brasil, sem indicadores econômicos importantes e com investidores monitorando mais o cenário político, após uma tensão entre o ministro da Fazenda Fernando Haddad e o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira.

Em entrevista, Haddad disse que a Câmara dos Deputados “está com poder muito grande e não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo”. O ministro, no entanto, afirmou que essa não foi uma crítica à atuação da Câmara.

Mesmo com o esclarecimento público de Haddad, a fala tumultuou o clima entre os parlamentares e Lira adiou conversas sobre o arcabouço fiscal para a próxima semana.

Já no exterior, o pregão conta com algumas divulgações importantes, com destaque para a ata do Fed, que em sua última reunião elevou as taxas de juros dos Estados Unidos a um patamar entre 5,25% e 5,50% ao ano.

Juros mais altos por lá aumentam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Isso atrai investidores e leva a uma migração de dólares para a maior economia do mundo, principalmente em um momento de diversas incertezas econômicas em todo o mundo.

Na zona do euro, O Produto Interno Bruto (PIB) subiu 0,3% no segundo trimestre ante o primeiro e 0,6% na comparação anual, em linha com as projeções. Já a produção industrial teve alta de 0,5% em junho, enquanto o mercado esperava uma queda de 0,6%.

Em contrapartida, a situação na China continua trazendo cautela aos investidores, que estão receosos com uma desaceleração econômica do país, que é um dos maiores demandantes mundiais por diversos tipos de produtos.

Empresas do setor imobiliário chinês enfrentam dificuldades para conseguir pagar suas dívidas e uma delas, a Country Garden, tem tentado estender prazos de pagamento.

Analistas da S&P Global Ratings afirmam que há riscos de que a companhia não cumpra com suas obrigações financeiras e de que haja insolvência. Também destacam que isso pode gerar uma reação em cadeia no restante da economia chinesa, atingindo fornecedores e outras construtoras menores.

Fonte: G1 Economia