No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 0,51%, vendida a R$ 4,8798.
O dólar opera com volatilidade nesta sexta-feira (25), oscilando entre altas e baixas, depois da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação oficial do mês. Em agosto, o indicador registrou uma alta de 0,28%, bem acima das projeções do mercado e puxada pela alta na conta de luz, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Às 11h45, a moeda norte-americana subia 0,40%, cotada a R$ 4,8992. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar encerrou o pregão com alta de 0,51%, vendido a R$ 4,8798. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
O IPCA-15 subiu 0,28% em agosto, com sete dos nove grupos pesquisados pelo IBGE em alta. O avanço veio acima das projeções dos analistas, que esperavam um avanço menos expressivo, de até 0,15%.
Com a alta maior que o esperado, os juros futuros (que são contratos negociados com base nas expectativas dos investidores para a taxa Selic) abriram o dia em alta. O mercado acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) deve ser um pouco mais firma no ciclo de corte de juros.
Em sua última reunião, no começo de agosto, o Copom cortou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, passando de 13,75% para 13,25% ao ano. Depois, na ata do evento, o comitê sinalizou que previa novos cortes de mesma magnitude nos próximos meses.
Embora a sinalização tenha sido de mais baixas de 0,50 ponto percentual, Luan Aral, especialista em câmbio da Genial Investimentos, destaca que boa parte do mercado acreditava que ainda era possível um corte mais amplo, de 0,75.
No entanto, com a prévia da inflação já acima do esperado, essas expectativas se frustraram e levaram mais gente para os juros brasileiros, inclusive os estrangeiros, o que ajuda a explicar o dólar mais fraco neste pregão.
A queda da moeda só não é mais forte porque a sexta-feira é marcada por um sentimento mais negativo do exterior, enquanto o mercado aguarda o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole. Este evento reúne autoridades políticas e econômicas do mundo todo para falar sobre o futuro da economia.
Além disso, os mercados na China fecharam no negativo por conta da percepção bastante negativa sobre o setor imobiliário do país, que é o mais importante para a atividade da segunda maior economia do mundo.
Fonte: G1 Economia