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Ibovespa abre em baixa, com expectativa pelo Orçamento de 2024

No dia anterior, o principal índice da bolsa de valores brasileira caiu 0,73%, aos 117.535 pontos.

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, abriu em baixa nesta quinta-feira (31), último pregão do mês, com o cenário político pressionando os negócios no Brasil. O governo precisa entregar hoje o texto do Orçamento de 2024 ao Congresso Nacional.

Além disso, também pesa sobre os mercados uma maior aversão ao risco vinda do exterior, com dados fracos da economia chinesa.

Às 10h10, o índice caía 0,35%, aos 117.122 pontos. Veja mais cotações.

No dia anterior, o Ibovespa fechou em baixa de 0,73%, aos 117.535 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular:

  • alta de 1,41% na semana;
  • queda de 3,67% no mês;
  • e ganho de 7,05% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

O grande destaque no dia no cenário interno são as discussões políticas sobre o orçamento do governo no próximo ano. De acordo com Fernando Haddad, ministro da Fazenda, o orçamento está equilibrado. No entanto, outros ministros mostram dúvidas sobre as chances do governo conseguir zerar o déficit público em 2024.

Ontem, a ministra do Planejamento Simone Tebet garantiu que o governo enviará ao Congresso Nacional o projeto de lei do orçamento sem previsão de déficit nas contas. Mas, mesmo dizendo que a equipe econômica não discute mudar a meta, afirmou que “o futuro a Deus pertence”

De acordo com o analista de investimentos Vitor Miziara, o problema está em como o governo vai conseguir elevar a sua arrecadação. Ele pontua que medidas como a taxação dos fundos de super-ricos acabam por levar os grandes investidores – que são os responsáveis por colocar os maiores volumes financeiros no país – para investimentos no exterior, fugindo da maior carga tributária por aqui.

Essa movimentação, além da possibilidade de trazer impactos para a arrecadação federal, também acaba por contribuir com a valorização do dólar frente ao real.

Ainda no cenário político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o novo arcabouço fiscal, que era prioridade do governo e traz novas regras em substituição ao teto de gasto.

Já no exterior, as atenções se dividem entre dados dos Estados Unidos que agradaram os mercados e números da China que trazem uma maior aversão os riscos e pesam sobre os negócios.

Nos Estados Unidos, o foco fica com os dados de emprego, que indicaram um esfriamento do mercado de trabalho, além de um Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre que também mostrou uma desaceleração.

Na China, a situação é outra. A atividade industrial no país apresentou queda pelo quinto mês consecutivo, marcando 49,7 pontos em agosto. Segundo a agência de estatísticas do país, qualquer número abaixo de 50 representa uma contração da economia.

Em entrevista concedida à Reuters, o analista da agência Zhai Qinghe, afirmou que “os resultados da pesquisa demonstram que a demanda insuficiente do mercado persiste como um grande problema enfrentado atualmente pelas empresas”.

Segundo Miziara, o mercado já não enxerga que a economia chinesa tenha espaço para continuar em um ritmo forte de contração. Em contrapartida, também não há sinais de quando haverá uma mudança de direção e a atividade voltará a se expandir.

Vale lembrar que a China é a segunda maior economia do mundo e, se o país passa por um período de desaceleração, isso pode gerar um impacto global na cadeia de exportações.

Fonte: G1 Economia