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Ibovespa opera em queda após bater recorde histórico; dólar sobe

No dia anterior, o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira chegou aos 130.842 pontos, uma alta de 1,06%. Já a moeda norte-americana recuou 0,07%, cotada a R$ 4,9144.

O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, inverteu o sinal e opera em queda nesta sexta-feira (15), depois de bater seu recorde histórico na véspera. A baixa é um movimento de correção natural depois de uma forte sequência de altas.

Os mercados seguem positivos pelos efeitos das últimas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos nesta semana. Por aqui, investidores estão de olho no andamento da pauta econômica no Congresso Nacional.

No mesmo cenário, o dólar opera em alta, depois das baixas dos últimos dias.

Dólar

Às 14h03, o dólar subia 0,52%, cotado a R$ 4,9399. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,07%, vendida a R$ 4,9144. Com o resultado, passou a acumular:

  • queda de 0,31% na semana;
  • perda de 0,02% no mês;
  • recuo de 6,89% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa operava em baixa de 0,39%, aos 130.336 pontos.

Na véspera, o índice fechou com alta de 1,06%, aos 130.842 pontos, no maior patamar histórico. Com o resultado, passou a acumular:

  • alta de 2,95% na semana;
  • avanço de 2,76% no mês;
  • ganhos de 19,24% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

No último dia da semana, investidores em nível global continuam repercutindo a decisão do Fed de manter a taxa básica de juros inalterada na última quarta-feira, mas com perspectivas de que o ciclo de alta nos juros americanos pode ter chegado ao fim.

Agora, as expectativas de especialistas e investidores são de que os juros nos Estados Unidos comecem a cair já no primeiro semestre de 2024, o que é benéfico para a economia e para os ativos de risco, como os mercados de ações e moedas de países emergentes.

Ainda no exterior, alguns dados econômicos da China divulgados hoje decepcionaram os investidores. As vendas no varejo subiram 10,1% em novembro, na comparação anual, enquanto as expectativas eram de alta de 12,9%. Já os preços de casas novas recuaram 0,37% no mesmo mês.

Em contrapartida, a produção industrial cresceu 5,9% na base anual, acima do esperado, uma alta de 5,9%. A China luta para manter de pé a meta de crescimento de 5% no ano, o que garantiria uma movimentação ainda ativa da economia do principal parceiro comercial do Brasil.

Por aqui, investidores repercutem junto com o Fed a redução da taxa Selic e a sinalização de que o balanço de riscos do Banco Central está mais benigno e que novos cortes virão pela frente.

Hoje, sobressaem na avaliação o andamento de pautas econômicas no Congresso Nacional, com destaque para a expectativa de aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados e de uma medida provisória que eleva a arrecadação do governo.

A reforma tributária tramita na forma de uma proposta de Emenda à Constituição (PEC). Para ser aprovada, a PEC requer pelo menos 308 votos “sim”. Líderes partidários passaram a quinta-feira (14) em negociação para tentar destravar benefícios à Zona Franca de Manaus, à categorias autônomas, entre outros. SAIBA MAIS AQUI.

Já a a MP 1.185 define regras para as empresas usarem benefícios fiscais já concedidos pelos estados e validados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na arrecadação de ICMS. O problema, segundo o governo federal, é que esse benefício oferecido pelos governos locais tem impacto indireto na arrecadação federal. ENTENDA O CASO.

Na agenda de indicadores, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou os resultados do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), com alta além do esperado em dezembro e a aumento de taxa mensal mais intenso em um ano e meio.

O IGP-10 teve alta 0,62% neste mês, contra avanço de 0,52% em novembro. O ano termina com queda acumulada em 12 meses de 3,56%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, avançou 0,81% em dezembro, contra alta de 0,60% no mês passado, mas fechou 2023 com queda acumulada de 6,02%.

“A influência significativa do minério de ferro (de 0,82% para 4,66%), do milho (de 0,68% para 7,16%), da soja (de -1,27% para 1,76%) e do café (de 3,57% para 5,86%) representou 79% do resultado geral do IPA (em dezembro)”.

Fonte: G1 Economia