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Dólar opera em baixa após inflação dentro do esperado nos EUA; Ibovespa sobe

No dia anterior, principal índice da bolsa de valores avançou 1,05%, aos 132.182 pontos. Já a moeda norte-americana recuou 0,49%, cotada a R$ 4,8872.

O dólar opera em baixa nesta sexta-feira (22), ainda com investidores surfando no rali de fim de ano, repercutindo, principalmente, as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode começar a baixar os juros no começo do ano que vem.

Mais cedo, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos divulgou que o núcleo da inflação ao consumo (PCE) subiu 0,1% em novembro, dentro das expectativas do mercado, o que reforça o sentimento positivo.

No Brasil, o dia é de agenda econômica vazia, mas com os investidores de olho no andamento de algumas pautas importantes no Congresso, com destaque para o Orçamento de 2024.

Neste mesmo cenário, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta.

Dólar

Às 11h30, o dólar caía 0,47%, cotado a R$ 4,8641. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,49%, vendida a R$4,8872. Com o resultado, passou a acumular quedas de:

  • 1% na semana;
  • 0,57% no mês;
  • 7,40% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,07%, aos 132.268 pontos.

Na véspera, o índice fechou com alta de 1,05%, aos 132.182 pontos, renovando seu maior patamar histórico e batendo, pela primeira vez, os 132 mil pontos. Com o resultado, passou a acumular ganhos de:

  • 1,52% na semana;
  • 3,81% no mês;
  • 20,46% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

A última divulgação importante antes do recesso de Natal agradou investidores em nível global. O núcleo da inflação de consumo (PCE) dos Estados Unidos, indicador mais observado pelo Fed para suas tomadas de decisões sobre as taxas de juros, vieram em linha com o que era projetado pelo mercado, com uma alta de 0,1% no mês de novembro e de 3,2% na comparação anual.

Já o índice cheio, que engloba também os preços de alimentos e energias, que são mais voláteis, caiu 0,1% no mês e acumula alta de 2,6% na comparação anual.

O resultado foi uma “surpresa benigna” que mostra que “os preços seguem uma trajetória de desaceleração”, segundo William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue.

Por ser o dado de inflação preferido do Fed, esse resultado positivo aumenta as expectativas de que a instituição deve começar um ciclo de corte em suas taxas de juros em breve.

Atualmente, as taxas da maior economia do mundo estão entre 5,25% e 5,50% ao ano, depois do Fed mantê-las inalteradas em sua última reunião.

O presidente do BC americano, Jerome Powell, disse que é provável que eles tenham chegado ao fim do ciclo de altas nos juros, mas não descartou novos aumentos caso a inflação volte a apresentar uma trajetória de alta acelerada.

Juros mais baixos nos Estados Unidos são benéficos para os ativos de risco no mundo todo, inclusive a moeda e a bolsa de valores brasileiras. Isso porque os títulos públicos americanos são considerados os mais seguros do mundo e, quando as taxas sobem por lá, o rendimento deles também sobe, levando a uma migração do capital estrangeiro, que sai dos mercados de risco.

No Brasil, o mercado segue de olho no andamento de pautas políticas no Congresso, com destaque para o Orçamento de 2024, que foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) na véspera.

Fonte: G1 Economia