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Polícia Militar reforça segurança nas proximidades dos terminais

A Polícia Militar (PM) irá reforçar a segurança nas proximidades dos terminais do Grupo Libra no Porto, na região da Ponta da Praia, em Santos. A decisão foi tomada pelo Comando de Policiamento da Área do Interior 6 (CPAI-6, responsável pela Baixada Santista) no início da noite de domingo, após reunião com executivos da operadora portuária.

A Libra pediu apoio à PM devido aos protestos de caminhoneiros autônomos nos acessos a seus terminais – especialmente na Avenida Governador Mário Covas, em frente ao Gate 18, o portão que fica em frente à entrada do T-35, uma das instalações da empresa.

Iniciadas na semana passada, as manifestações têm ficado mais violentas nos últimos dias, com caminhões apedrejados e ameaças a motoristas das transportadoras que levam ou buscam cargas nos terminais.

Esse cenário levou transportadoras e a própria Libra a utilizar serviços de escolta armada, a fim de proteger seus veículos.

O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e do Vale do Ribeira (Sindicam), que tem organizado os protestos contra a Libra, nega a participação em qualquer ação violenta. Mas afirma que caminhoneiros autônomos também têm sido agredidos.

Mas, segundo a Libra Terminais, a situação deve ser normalizada nos próximos dias. Diante do apoio recebido da Polícia Militar, a empresa acredita que as manifestações violentas não mais ocorram.

Conforme apurou A Tribuna, o policiamento será intensificado no cruzamento das avenidas Mário Covas e Siqueira Campos, (Canal 4), na região da Bacia do Macuco, onde o Sindicam montou uma barraca para acompanhar os protestos. A PM também estará presente nas proximidades dos gates da empresa e pela Avenida Mário Covas.

Os caminhoneiros autônomos defendem o pagamento de estadia toda vez que uma operação na Libra Terminais levar o motorista a permanecer na empresa por mais de cinco horas. Também apresentaram outras 10 reivindicações. Uma delas prevê que o transporte de contêineres vazios seja reservado aos autônomos.

Das 11 propostas, o terminal aceitou oito. Entre as vetadas, está essa reserva de serviços aos autônomos. A Libra Terminais alega que tal medida inviabiliza a operação portuária.

Delegacia e confusão

Ontem, antes da reunião entre os executivos da operadora logística e o Comando da PM, a disputa entre os caminhoneiros autônomos e a empresa portuária chegou às delegacias de polícia.

Dois boletins de ocorrência foram registrados contra uma empresa de escolta armada. De acordo com o Sindicam, vigilantes apontaram arma e, em um caso, deram coronhadas em um caminhoneiro.

No início da tarde de ontem, câmeras de vigilância da Libra Terminais flagraram um grupo não identificado impedindo que um caminhão, acompanhado do serviço de escolta, entrasse na área portuária pelo Gate 18. Os protestantes, que ficaram no caminho do comboio, discutiram com os guardas e chegaram a sinalizar para o motorista do veículo de carga que ele não entraria no terminal. As cenas podem ser vistas no portal A Tribuna Digital www.atribuna.com.br.

Ainda na tarde de ontem, o Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan) emitiu uma nota criticando as agressões. A situação também foi discutida em uma reunião extraordinária da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra).

Fonte: A Tribuna