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Caminhoneiros cruzam os braços e bloqueiam acesso a terminal

Os caminhoneiros que utilizam os terminais portuários localizados na Margem Esquerda do Porto de Santos, em Guarujá, mais uma vez cruzaram os braços. Desde às 10 horas, desta terça-feira, eles bloqueiam a entrada e saída de caminhões no terminal da Santos Brasil. A medida é um protesto contra a lentidão na liberação dos caminhões que realizam operações de carga e descarga na empresa.

Com isso, um congestionamento foi formado por toda a rodovia SP-248. De acordo com a Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), a fila de veículos se estende do km 253 ao km 248 da Cônego Domênico Rangoni, sentido Bertioga.

Segundo os caminhoneiros, a paralisação foi motivada pela falta de cumprimento de um acordo firmado entre a Santos Brasil e os motoristas, na última sexta-feira, quando o congestionamento provocado pelo excesso de caminhões causou reflexos nas rodovias Anchieta e Imigrantes. Na oportunidade, Prefeitura do Guarujá, Codesp, sindicato da categoria, empresas portuárias e trabalhadores, firmaram um compromisso para por fim aos congestionamentos nas proximidades da Rua do Adubo, principal acesso aos terminais.

“Estou com o meu caminhão parado na fila desde o início da manhã. O terminal está lotado e não tem previsão de quando vamos entrar”, disse o caminhoneiro Adão Martins.

O Sindicato dos Transportadores Autônomos de Contêineres de Guarujá e Santos (Sindcon) foi acionado pelos trabalhadores e tomou a frente das negociações.
“A ALL (América Latina Logística) está respeitando sua parte no acordo. Reduziu o tempo de espera e absorveu toda a carga de granéis. A Santos Brasil, por sua vez, não cumpriu o que prometeu e o resultado é isso aí”, disse o presidente do Sindcon, José Nilton de Oliveira, o Doidão.

De acordo com o dirigente sindical, a empresa se comprometeu em reservar quatro gates para as operações de motoristas da região, aumentar o número de balanças em funcionamento e agilizar as operações dentro do terminal, o que não aconteceu.

Segundo Oliveira, das sete balanças existentes no terminal, apenas quatro estão em funcionamento. Além disso, o sistema de liberação está lento. Com isso, os caminhoneiros levam de seis a oito horas para operar no terminal, quando na verdade todo processo poderia ser completado em duas horas.

No início da tarde, uma comissão, composta por oito caminhoneiros e representantes do Sindicon, seguiu para o Fórum do Guarujá,  com o objetivo de levar o problema ao conhecimento da promotoria de justiça. “Vamos exigir que se cumpra a lei 11.442, de 05/1/2007. Queremos o respaldo da justiça para que a empresa cumpra o acordo firmado”, disse Doidão. A lei, citada por ele, dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros, mediante remuneração.

Outro lado

Segundo a Santos Brasil, o terminal está operando normalmente. A capacidade operacional não foi reduzida e todos os gates e balanças estão fucionando como o habitual. O serviço só não está normalizado devido ao bloqueio dos caminhoneiros que impede o acesso ao terminal.

Fonte: A Tribuna