O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, encerrou as conversas com os terminais marítimos da Margem Direita do Porto de Santos. Toda e qualquer situação que se assemelhe àquela registrada na última terça-feira – quando as vias urbanas e as estradas de acesso ao complexo marítimo ficaram interditadas por filas de caminhões e carretas com destino ao cais – serão motivo para notificações e, posteriomente, multas.
Ao longo da última semana, caminhões que seguiam para o complexo portuário acumularam, na soma dos cincos dias úteis, 91 quilômetros de congestionamento. A decisão do chefe do Executivo santista foi anunciada após o colapso viário na Cidade, ocorrido na última terça-feira.
“A fase de diálogo terminou. Já conversamos o que tinha que ser conversado e agora vamos começar a aplicar as sanções cabíveis”, explicou. O terminal T-Grão, instalado na região de Outeirinhos, foi tido pela Prefeitura como o responsável por atribular as vias na terça-feira, recebendo caminhões graneleiros acima de sua capacidade suportada. Por isso, ele foi o primeiro a receber uma notificação oficial, com ordem de cumprimento “imediato” de readequação de demanda.
Em sua defesa, o T-Grão informou que havia alertado a Prefeitura sobre a vinda de mais caminhões do que o esperado.
Caminhões acumularam, na soma dos cincos dias úteis, 91 km de congestionamento na última semana
União
Para Paulo Barbosa, a solução para o problema deverá vir com as obras viárias na entrada de Santos, que “permitirão” fácil acesso às vias do Porto. “Com o auxílio da verba do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do Governo Federal, será possível dar continuidade ao projeto e resolver a situação”, completa.
Segundo o prefeito, é preciso ainda que os agentes envolvidos no assunto assumam suas responsabilidades e trabalhem de forma conjunta. “Precisamos unir esforços para controlar o caos”.
A Secretaria Municipal de Assuntos Portuários e Marítimos (Seport) de Santos foi colocada à disposição da Codesp (a Autoridade Portuária), de executivos e outras lideranças para auxiliar na coordenação logística-estratégica de todo o complexo. “Podemos nos unir à Companhia Docas para poder aprimorar o processo. Não podemos deixar as vias de acesso ao Porto entrar em colapso. É preciso que todos estejam cientes dos seus respectivos papeis”, complementou o titular da Seport, José Eduardo Lopes.
Fonte: A Tribuna