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Porto deve movimentar quase 2 milhões de toneladas de carga nesta sexta

No início da manhã, mais de 75 navios aguardavam para atracar no cais santista

As operações do Porto de Santos foram retomadas, mas os impactos da greve encerrada nesta quinta-feira (31) dos caminhoneiros devem ser sentidos nos próximos dias, diante da grande movimentação de veículos com cargas nas vias do cais santista. Por conta do movimento, na segunda-feira da semana passada (21), navios fazem fila na barra, aguardando uma vaga para atracar nos terminais do maior complexo marítimo do País. Na manhã desta segunda-feira (1º), esse número era de pelo menos 75 embarcações. Juntos, os navios vão embarcar ou desembarcar 1,9 milhão de toneladas de mercadorias.

Com bloqueios nos principais acessos ao Porto, os caminhoneiros impediram, por 10 dias, o transporte de cargas em direção às instalações do cais santista. Para o Centro Nacional da Navegação Transatlântica (Centronave), entidade que representa os armadores em atividade no Brasil), a paralisação deve gerar um efeito em cascata e “grandes consequências” para o comércio exterior brasileiro que, segundo a entidade, está prestes a entrar em colapso.

“Os terminais reduziram suas atividades e operações devido ao congestionamento de cargas. Os pátios encontram-se abarrotados de contêineres e de carga geral, inviabilizando as operações de desembarque ou de novos embarques. Os navios começarão a passar direto sem escala, uma vez que não podem fazer embarques ou descarregar”, destacou a entidade.

A Tribuna apurou que, dos cerca de 75 cargueiros que optaram por aguardar por uma janela de atracação, 25 serão carregados com granéis sólidos de origem vegetal no complexo santista. A expectativa é de que 1,3 milhão de toneladas de grãos, principalmente soja e milho, sejam embarcadas nestes navios nos próximos dias.

Os terminais graneleiros foram fortemente impactados pelos bloqueios nos acessos ao Porto de Santos. As cargas transportadas pelo modal rodoviário foram represadas e os estoques dessas instalações chegaram a níveis preocupantes, segundo os empresários.

Entre os navios fundeados na Barra, há ainda quatro que aguardam para o carregamento de açúcar no cais santista. Neste caso, as exportações devem atingir a marca de 188.015 toneladas.

A soma dos volumes das cargas dessas 29 embarcações corresponde a 28,8% de toda a exportação de granéis sólidos realizada em maio do ano passado. Segundo dados da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a estatal que administra o Porto de Santos, naquele mês, 5,4 milhões de toneladas foram escoadas.

Importação

Outras 10 embarcações também esperam, em fila na Barra, para realizar operações com granéis. Elas estão carregadas com mercadorias de importação, que serão desembarcadas no cais santista. A previsão é de que 328.339 toneladas de cargas como sal e trigo sejam recebidas pelos terminais.

O Porto de Santos ainda receberá 16 embarcações destinadas à movimentação de granéis líquidos. Em algumas instalações portuárias, estas atividades foram totalmente paralisadas durante a greve. Em outras, o serviços foram parcialmente afetados.

Segundo a Associação Brasileira de Terminais de Líquidos (ABTL), isto aconteceu diante do não recebimento de insumos fundamentais para garantir operações seguras, a manutenção das instalações e a qualidade dos produtos armazenados.

Das embarcações fundeadas, duas farão operações com carga geral, que somam 35 mil toneladas de mercadorias. Outras cinco são porta-contêineres que chegaram desde o último dia 21 e ainda não atracaram. A expectativa é de que 58.580 toneladas sejam movimentadas em caixas metálicas.

Segundo o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, todas as embarcações deverão passar por um processo de reprogramação de operações. O plano é garantir que as mercadorias previstas para as operações cheguem ao Porto antes da atracação desses cargueiros.

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Fonte: A Tribuna