Presidenciável do PSDB fez campanha na cidade de Santos (SP), que abriga o maior porto da América Latina. Tucano declarou que é preciso ‘regionalizar’ administração de portos.
O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, fez campanha em Santos, no litoral paulista, nesta segunda-feira (10). Em um evento na cidade que abriga o maior porto da América Latina, o tucano defendeu gestão profissional e disse que se for eleito deixará partidos “distantes” dos portos públicos.
Alckmin fez as afirmações durante entrevista a jornalistas em Santos, quando foi questionado sobre como avalia o modelo de gestão portuária e que propostas tem para o setor.
“Eu entendo que tem que descentralizar. Em um país continental como o Brasil, nós não podemos ter tudo em Brasília, não vai funcionar”, disse Alckmin.
“Precisa descentralizar, precisa regionalizar, precisamos ter uma interface aqui com o estado de São Paulo e os demais estados brasileiros, e os municípios e o setor privado. Fazer um trabalho muito profissionalizado, manter partidos políticos distantes disso”, completou o tucano.
Segundo o Ministério dos Transportes, existem atualmente 37 portos públicos, administrados pela União (no caso das Companhias Docas) ou por municípios, estados e consórcios públicos.
O presidenciável disse ainda que os portos são “fundamentais” para o país e disse que se eleito fará investimentos no setor.
“Precisamos investir em dragagem [para aprofundar as vias navegáveis] e acessos portuário, como ferrovias e hidrovias [para garantir o escoamento da produção nacional]”, declarou.
Além disso, o candidato do PSDB disse acreditar que a assinatura de novos acordos comerciais internacionais podem reduzir efeitos da crise econômica.
“O Brasil, abrindo a economia, vai enriquecer muito mais e gerar mais emprego. Vamos aumentar em 50% o provento com o comércio exterior”, afirmou.
No evento, Alckmin posou para fotos ao lado do governador de São Paulo, Márcio França, candidato do PSB à reeleição.
‘Equilíbrio’
Alckmin foi questionado por jornalistas sobre se acha que a facada em Jair Bolsonaro (PSL) poderá ter influência sobre a corrida ao Palácio do Planalto. O tucano afirmou que é “preciso separar as coisas” e disse que o país necessita “equilíbrio”.
“Uma coisa é o candidato que sofreu um atentado covarde, vil. Nossos votos de pronta recuperação. Outra coisa é eleição. O Brasil já tem problema demais, os brasileiros têm problemas demais. Não pode o próximo presidente também ser problema” , disse.
Ele disse ainda que o país precisa de “união nacional” para fazer reformas que classificou como “inadiáveis”. Ele citou as reformas política, tributária e de estado.
Fonte: G1 Santos e Região