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Brasil tem menor saldo comercial desde 2000

A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 2,561 bilhões no ano passado, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (02) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Foi o menor saldo registrado desde o ano 2000. O superávit de 2013 foi totalmente obtido em dezembro, pois até novembro a balança registrava déficit.

O número é resultado de exportações brasileiras de US$ 242,178 bilhões e importações de US$ 239,617 bilhões. As vendas externas somaram US$ 957,2 milhões em média por dia útil, uma queda de 1% em relação a 2012. Já as compras tiveram média diária de US$ 947,1 milhões, um aumento de 6,5% na mesma comparação. O saldo de 2013 ficou 86,8% abaixo do registrado no ano anterior.

Segundo o MDIC, recuaram os embarques de produtos semimanufaturados (-8,3%) e de básicos (-1,2%), ao passo que aumentaram os de manufaturados (1,8%).

No primeiro caso, as maiores quedas ocorreram nas vendas de óleo de soja bruto, semimanufaturados de ferro e aço, ferro fundido, alumínio bruto, ferro-ligas, ouro em forma semimanufaturada e açúcar bruto. Houve, porém, avanço nas exportações de catodos de cobre, couros e celulose.

Entre os básicos, ocorreu recuo nos embarques de algodão bruto, petróleo bruto, café, carne suína e fumo. Aumentaram, no entanto, as vendas de soja, minério de cobre, carne bovina, milho, minério de ferro, carne de frango e farelo de soja.

Nos manufaturados, cresceram as exportações de plataformas de petróleo, automóveis, hidrocarbonetos e derivados, tratores e veículos de carga. No caso das plataformas não houve exportação propriamente dita, pois os equipamentos foram fabricados por estaleiros brasileiros para a estatal Petrobras, mas contabilmente as operações constam como de comércio exterior.

De acordo com o MDIC, caíram as exportações para a África (-9,9%), Estados Unidos (-8,2%), Oriente Médio (-5,7%), Europa Oriental (-4,2%) e União Europeia (-3,6). Por outro lado, aumentaram as vendas para a América Latina e Caribe sem Mercosul (6,1%), para o Mercosul (5,2%) e Ásia (2,3%). Os principais países de destino das mercadorias brasileiras foram, nessa ordem, China, Estados Unidos, Argentina, Holanda e Japão.

Na seara das importações, houve aumento das compras de combustíveis e lubrificantes (13,8%), matérias primas e intermediários (5,8%), bens de capital (5,4%) e bens de consumo (3,2%).

O MDIC informou que cresceram as importações de todos os blocos econômicos, com exceção da Europa Oriental e do Oriente Médio. Os principais países fornecedores do Brasil no ano foram a China, Estados Unidos, Argentina, Alemanha e Nigéria.

Fonte: Agência Anba