Atualizado às 16h23
A Via Anchieta permanece com a faixa central e da direita bloqueadas no sentido litoral e no sentido São Paulo, no km 23, em São Bernardo do Campo, devido à manifestação iniciada por caminhoneiros às 8 horas desta segunda-feira. De acordo com informações da concessionária Ecovias, o tráfego flui pela faixa da esquerda em ambos os sentidos. O trânsito continua congestionado por 2 km em cada sentido.
Um outro grupo bloqueia totalmente a rodovia Cônego Domênico Rangoni no sentido São Paulo, na altura do km 250, na área continental de Santos. O tráfego está represado entre o km 249 e km 250. No sentido Guarujá o bloqueio está no km 250 e o tráfego flui pela faixa da esquerda. O trânsito está lento, do km 251 ao km 250. Demais rodovias do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) têm tráfego normal.
A categoria, no contexto das demais manifestações pelo País, pedem a redução da tarifa nos pedágios do Estado. “O protesto ocorre por tempo indeterminado. Esperamos que o governador (Geraldo Alckmin) atenda o nosso pedido”, disse o caminhoneiro Rodrigo Evangelista da Silva, que participa do bloqueio no pedágio da Domênico Rangoni.
Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), o Retão da Alemoa está completamente parado. Nenhum caminhão entra ou sai do maior e mais importante complexo portuário do Brasil. No entanto, a estatal informa que a operação nos terminais ocorre normalmente, sem qualquer prejuízo às cargas contêinerizadas. A chuva, no entanto, prejudica o embarque dos grãos.
Em Guarujá, diferentemente do que é comum, a Rua do Adubo não registra congestionamento, seque passagem de veículos comerciais. O bloqueio no pedágio impede que caminhões e carros sigam em direção a Guarujá ou a Cubatão. A Polícia Militar e Polícia Militar Rodoviária Estadual (PRE) acompanham todos os atos, sem interferir ou confrontar os manifestantes.
Protesto
O bloqueio das rodovias Castelo Branco, na região de Itapevi, Anchieta, em São Bernardo do Campo, ambas na Grande São Paulo, e Cônego Domenico Rangoni, em Cubatão, na Baixada Santista, iniciado nesta segunda-feira, pode se prolongar até quinta-feira. O protesto pode terminar antes, caso o governo aceite negociar com os caminhoneiros.
A categoria pede a suspensão da cobrança do eixo suspenso nas praças de pedágio, que passou a valer nesta segunda, a redução do preço dos pedágios e do óleo diesel, além de mais segurança para os caminhoneiros na Região Metropolitana de São Paulo.
Convocado pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), os protestos servem para mostrar a insatisfação de quem ganha a vida na estrada com a cobrança dos eixos. Os protestos começaram às 5h40. Alguns motoristas já cogitam dormir dentro dos veículos caso a greve continue.
Todo caminhoneiro que desce a serra pela Via Anchieta paga R$ 21,20 por eixo. Contudo, em muitos casos, o caminhão anda com três eixos no chão e outros três levantados, se estes não são usados. O pedágio ficava em R$ 63,60, no caso. Os seis eixos, a partir de agora, serão cobrados e o pedágio será de R$ 127,20.
O Governo do Estado não dá sinais de que possa voltar atrás na cobrança. No anúncio da mudança, semana passada, uma nota oficial informou que “todos os eixos dos caminhões estarão tarifados, assim como já acontece em todas as rodovias federais”.
Fonte : De A Tribuna On-line