O Diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi, defendeu nesta quarta-feira (5), medidas que contribuam para a diversificação da pauta exportadora do Brasil para a China. Durante o Seminário Brasil-China, promovido pela Folha de S. Paulo, ele afirmou que, embora a China seja o principal destino das exportações brasileiras, com 21,81% vendido pelo Brasil para o exterior, 81% desse comércio está concentrado em produtos básicos. Soja e minérios correspondem a 62% das exportações.
Ele defendeu a redução de restrições às exportações brasileiras na China. Segundo ele, a agenda da indústria brasileira inclui medidas nas áreas de acordos; barreiras comerciais; investimentos; facilitação e desburocratização de comércio; defesa comercial; e promoção de negócios. Na sua avaliação do diretor, uma medida que poderia contribuir para a desburocratização do comércio exterior entre Brasil e China seria a adoção de Acordo de Reconhecimento Mútuo dos programas de Operadores Logístico Autorizados dos dois países. O programa simplifica os procedimentos aduaneiros no comércio entre empresas, reduz burocracia e contribui para acelerar a cadeia produtiva.
O Brasil possui Acordo de Reconhecimento Mútuo vigente com o Uruguai e planos de trabalhos com Bolívia, Estados Unidos, Argentina e México. Para a CNI, iniciativa similar poderia ser adotada com a China, que também celebrou esse tipo de acordo com outros países, como Cingapura, Coréia do Sul, Hong Kong, Suíça, e União Europeia. A CNI também defende a celebração de um acordo de previdência social entre os dois países. Esse acordo possibilitará o reconhecimento das contribuições à previdência social dos nacionais de cada um desses países, beneficiando não apenas as empresas atuantes nos mercados brasileiro e chinês, mas principalmente seus funcionários.
Fonte: Portal da Indústria