A retirada dos destroços da Pedra de Teffé, que estavam no fundo do canal de navegação do Porto de Santos, foi concluída ontem. No entanto, a área do estuário entre o Terminal de Passageiros Giusfredo Santini (Armazém 25) e os silos do Armazém 26, onde estavam os restos da rocha, permanecerá isolada até que uma batimetria seja realizada e analisada pela Codesp. O laudo da verificação deve ser conhecido ainda hoje.
A varredura será necessária para comprovar que os pedregulhos foram completamente retirados do canal estuário. Se ainda restarem vestígios de pedras, eles serão retirados isoladamente. De acordo com a estatal, ontem foi instalada a sinalização que indica o isolamento. Ela restabelece as condições do período de obras.
Mesmo com o interdição da área, a atracação de navios de passageiros em frente à instalação de cruzeiros não será prejudicada. Na última quinta-feira, o navio Aida Cara, que abriu a temporada de cruzeiros no Porto de Santos, não pode atracar em frente ao Terminal Giusfredo Santini. Segundo a Codesp, isto ocorreu por conta dos equipamentos que eram usados para a retirada da pedra.
Já os passageiros do navio MSC Magnifica, que chega hoje ao complexo santista, não precisarão se deslocar de ônibus para o embarque e o desembarque. Isto vai acontecer porque os equipamentos que foram utilizados na retirada de Teffé já foram deslocados para os trabalhos que acontecerão na Margem Esquerda (Guarujá) do Porto de Santos. Lá, os obstáculos a serem retirados são os restos da Pedra de Itapema, localizados em frente ao Forte do Itapema, na direção do Armazém 12 do complexo.
Após a implosão da Pedra de Teffé, seus resíduos foram recolhidos por dragas e levados em barcaças
Imediatamente após a retirada completa dos resíduos da Pedra de Tefée, os equipamentos foram posicionados para a remoção das partes da Pedra de Itapema, que deve começar hoje. As boias sinalizadoras para a obra foram instaladas durante o fim de semana. A expectativa da Docas é concluir o serviço em cerca de 30 dias.
Conforme A Tribuna divulgou na última sexta-feira, a previsão da Codesp era de que a retirada dos restos da Pedra de Teffé fosse concluída até o domingo. Porém, de acordo com a Codesp, “problemas técnicos e manutenções necessárias” durante o serviço fizeram com que os trabalhos continuassem ontem.
O mesmo motivo foi alegado para o adiamento de um outro prazo dado pela estatal. Inicialmente, a estimativa era de que os trabalhos terminariam no início do mês passado. Mas um novo cronograma apresentado em outubro prorrogou a obra por mais 30dias.
Volume
Segundo a Autoridade Portuária, foram retirados cerca de 25 mil metros cúbicos de destroços de Teffé. Esta é uma contagem preliminar, já que os trabalhos dos últimos dias ainda não foram contabilizados.
Parte do material retirado será depositado em cavas ao longo do canal. Outra porção será usada para o fechamento do Canal da Mortona, um antigo estaleiro do Porto onde ficavam as embarcações que precisavam de reparos.
A retirada da Pedra de Teffé é feita pela Ster Engenharia, que venceu a licitação realizada pela Secretaria de Portos (SEP) para a execução do serviço. A empresa também é responsável pela remoção da Pedra de Itapema, em Guarujá.
A remoção das pedras, aliada ao serviço de dragagem, integra o projeto de aprofundamento e alargamento do canal do Porto. Os trabalhos deixarão a calha central (faixa central navegável) do canal com 15 metros de profundidade (eram 13 metros) e 220 metros de largura (eram 150 metros).
Fonte: A tribuna