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Codesp recebe 9 propostas de pátios reguladores no planalto

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o Porto de Santos recebeu nove manifestações de interessados em implantar um pátio de regulador de caminhões no planalto. De acordo com o ministro dos Portos, Antonio Henrique Silveira, na tarde de hoje, a Secretaria de Portos (SEP) se reunirá com algumas dessas empresas para as primeiras tratativas que visam a entrada em operação dos bolsões de estacionamento a partir do próximo mês.

O ministro dos Portos chegou a Santos ontem, no período da tarde. Ele se reuniu com representantes de terminais graneleiros e com os prefeitos das cidades de Santos, Guarujá e Cubatão. Hoje, ele se reunirá com autoridades estaduais no Palácio dos Bandeirantes, no período da manhã.

“Vim apelar pelo empenho de todos no sentido de que possamos obter os resultado positivo tanto para a atividade econômica portuária como para as cidades que são afetadas nesse processo”, destacou o ministro, se referindo à ideia do governo de minimizar os impactos do escoamento da safra no Porto de Santos.

O primeiro trimestre do ano passado foi marcado por intensos congestionamentos nos acessos ao cais santista. A causa apontada pelo governo foi o escoamento de soja e a ineficiência portuária. Neste ano, para minimizar os transtornos, a SEP aposta na implantação de pátios reguladores e, mesmo com a previsão de escoamento de quase 50 milhões de toneladas apenas de granéis agrícolas, espera que o fluxo de caminhões não cause prejuízos às cidades da região.

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Planos para o escoamento da safra foram apresentados pelo ministro Antonio Henrique Silveira, na última quinta-feira

 

No último dia 6 de dezembro, a Codesp convocou empresas interessadas em implantar pátios reguladores no planalto. Agora, a estatal vai avaliar as áreas e enviar as informações para a SEP, que vai avaliar a viabilidade dos terrenos.

“Estamos no processo que iniciou-se em dezembro de se estabelecer a coordenação para que a safra flua tranquilamente pelo Porto de Santos, sem os contratempos que tivemos nos últimos dois ou três anos. Esse encontro reuniu pátios reguladores, terminais, SEP, Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) e representantes do Ministério dos Transportes e da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), no sentido de estabelecer algumas regras e procedimentos para se evitar os transtornos nas cidades”, afirmou o ministro.

Entre as regras está a determinação da Codesp de exigir que todos os caminhões carregados com granéis passem, obrigatoriamente, por pátios reguladores antes do acesso ao cais santista. Já os veículos que transportam outras cargas não vão precisar a passar pelos pátios. Eles apenas deverão ser agendados para ter acesso aos respectivos terminais.

Segundo a norma, cada terminal terá uma cota de recepção de caminhões a ser elaborada pela Codesp. Essa quantidade será definida por uma janela de tempo (período fixo e contínuo de seis horas), de acordo com a capacidade operacional da empresa e a capacidade máxima de utilização de seu estacionamento interno.

Os terminais de grãos deverão considerar o agendamento dos caminhões, desde a origem das viagens, para entrada deles nos pátios reguladores. Os veículos só poderão se dirigir às instalações quando existirem vagas nos estacionamentos.

Movimento

De acordo com o gerente de Operações da Ecovias, Eduardo di Gregório de 11 mil a 11,2 mil caminhões utilizam as estradas que dão acesso ao Porto de Santos diariamente. Segundo dados da concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, em períodos de escoamento de safra, o volume passa a variar entre 12,3 mil e 12,7 mil veículos.

“Toda mobilização é bem-vinda para que se minimizem os impactos da operação portuária durante a safra. Mas, o ideal é que fossem implantados pontos de apoio no planalto para que o tráfego seja represado já no início do escoamento da safra”, destacou o gerente da Ecovias.

Fonte: A Tribuna