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Com exportações em alta, China reduz deficit no comércio com o Brasil no primeiro trimestre

Após atingir a cifra recorde de US$ 20,167 bilhões em todo o ano de 2017, o superávit brasileiro no intercâmbio comercial com a China começou 2018 registrando saldo positivo de US$ 4,124 bilhões no primeiro trimestre de 2018, uma  queda de US$ 1,406 bilhão comparativamente com  os três primeiros meses do ano passado.

A retração no saldo deveu-se a uma forte alta de +24,28% nas exportações chinesas contra uma elevação de apenas 0,96% nas vendas brasileiras entre os meses de janeiro e março. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

No primeiro trimestre do ano, os embarques de produtos brasileiros para o mercado chinês totalizaram US$ 11,898 bilhões e  corresponderam a 21,88% de todo o volume exportado pelas empresas brasileiras. Ao mesmo tempo, as importações de produtos chineses somaram US$ 7,774 bilhões, equivalentes a uma fatia de 19,23% das importações brasileiras no período. A corrente de comércio (exportações+importações) sino-brasileira totalizou US$ 13,230 bilhões no primeiro bimestre do ano, contra US$ 12,848 bilhões no mesmo período do ano passado.

As exportações brasileiras seguem fortemente concentradas nos produtos básicos, responsáveis por 85,1% do total dos embarques e apenas três desses produtos (soja, petróleo e minérios de ferro) responderam por 78% das exportações, gerando uma receita no montante de US$ 10,12 bilhões no período. Os produtos semimanufaturados, (com um total de US$ 1,13 bilhão), ficaram com uma fatia de 10,9% nas vendas para os chineses. Já os bens industrializados tiveram uma participação de apenas 3,99% nas exportações e geraram US$ 474 milhões em receita.

A relação dos cinco principais produtos exportados para a China continua sendo liderada com ampla margem pela soja, com uma receita de US$ 4,04 bilhões (34% do total exportado), seguida pelo petróleo (US$ 2,79 bilhões, 23% das exportações), minérios de ferro (US$ 2,49 bilhões e 21%  de participação na pauta exportadora brasileira para o gigante asiático), celulose US$ 868 milhões e participação de 7,3%) e carne bovina, que gerou receita no valor de US$ 314 milhões, equivalentes a um percentual de 2,6% nas exportações.

Enquanto a pauta exportadora brasileira é marcada pela participação maciça dos produtos básicos, a relação dos produtos embarcados pela China para o Brasil é integrada em 97,8% por bens manufaturados, de maior valor agregado. De janeiro a março, a venda desses produtos somou US$ 7,691 bilhões de um total de US$ 7,742 bilhões exportados pelos chineses ao Brasil. Nesse intercâmbio, as exportações de produtos básicos somaram US$ 156 milhões (participação de 2,06%) e as vendas de bens semimanufaturados, no total de apenas US$ 17 milhões, corresponderam a 0,22%  do total embarcado.

Os principais produtos exportados pelos chineses foram demais produtos manufaturados (US$ 1,05 bilhão), partes e aparelhos transmissores ou receptores (US$ 328 milhões), circuitos impressos e outras partes para aparelhos de telefonia (US$ 317 milhões), compostos heterocíclicos (US$ 264 milhões) e circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos (US$ 264 milhões).

Fonte: Comex do Brasil