A construção da segunda fase da Avenida Perimetral de Guarujá, na Margem Esquerda do Porto de Santos, poderá ser adiantada em até oito meses. Um acordo entre a Secretaria Estadual de Logística e Transportes e a Secretaria Especial de Portos (SEP) possibilitará que o Desenvolvimento Rodoviário S.A., a estatal Dersa, assuma o projeto executivo da obra, cujo início pode ser no final do próximo ano.
A preocupação em agilizar os trâmites para a execução da via se dá para evitar que os congestionamentos de caminhões e veículos comerciais na Rodovia Cônego Domênico Rangoni piorem nas próximas safras. “Acordamos essa possibilidade, pois precisamos de ações imediatas”, disse o secretário de Transportes do Estado, Saulo de Castro.
Na terça-feira, ele se reuniu em Brasília com o ministro dos portos, Leônidas Cristino, que concordou em adiantar esse processo. “A legislação permite que ocorra a contratação governo-governo, sem licitação”, explicou o secretário. Segundo ele, os engenheiros do Dersa estão prontos para iniciar os trabalhos, assim que a assinatura do contrato ocorrer.
O prazo inicial era de que, com a concorrência pública, aberta pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), há um mês, fosse possível iniciar os trabalhos (do projeto) em outubro deste ano. O documento, portanto, seria entregue no fim de 2014. “Mas começando agora, adiantamos a licitação (da obra)”, garantiu. O resultado desse último certame foi, portanto, antecipado para o próximo ano.
Segundo o diretor-presidente do Dersa, Laurence Casagrande Lourenço, já houve sinalização para o início desses trabalhos. “Vamos agilizar todo o processo e, sendo otimista, conseguiremos adiantar entre quatro e oito meses”, explicou. A construção da segunda fase da Perimetral de Guarujá, que interliga a Margem Esquerda diretamente com a Rodovia, poderá ser iniciada no final de 2015.
Desafogar
O ministro dos portos, Leônidas Cristino, confirmou as modificações e a entrega do serviço à estatal. “No dia 10 teremos uma reunião em Santos entre a SEP, Dersa, Codesp, Governo de SP, e os prefeitos”, adiantou. A intenção do encontro é criar mecanismos para facilitar a execução de obras emergenciais estruturantes para os acessos à Baixada Santista.
O objetivo do ministro é integrar ações e diminuir barreiras (entre os poderes) que possam atrasar as soluções. “Queremos unificar os projetos, as ideias e os estudos. Só assim poderemos ter uma logística eficiente”, justificou. Além da SEP, estão envolvidos na articulação os técnicos do Ministério dos Transportes.
O ministro cobrou do Estado, ainda, a localização de uma área para a construção de pátio de caminhões. Se for preciso, a SEP comprará o terreno, que, impreterivelmente, deverá ficar próximo à linha férrea (para transporte multimodal). A administração do espaço ficará com a Codesp, que no futuro poderá entregar para a iniciativa privada – em forma de arrendamento.
“Já estamos em busca desse lugar, mas a intenção é de que seja no litoral”, afirmou o secretário Saulo de Castro. Para ele, o espaço deverá comportar a demanda de caminhões que não são atendidos pelos dois únicos pátios existentes.
Fonte: A Tribuna