 
         Na quarta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,44%, vendida a R$ 5,2205.
O dólar opera em alta nesta quinta-feira (16), enquanto investidores aguardam a primeira reunião do ano do Conselho Monetário Nacional (CMN), no cenário doméstico. Pesa contra a moeda brasileira, também, a divulgação da inflação ao produtor americana, que subiu acima do esperado.
Às 10h55, a moeda norte-americana subia 0,52%, cotada a R$ 5,2479. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar avançou 0,44%, cotada a R$ 5,2205. Com o resultado, a moeda passou a acumular alta de 2,90% no mês. No ano, entretanto, ainda tem queda de 1,09%.
O que está mexendo com os mercados?
O mercado espera pela primeira reunião do CMN no novo governo, em meio à possibilidade de que sejam discutidas mudanças para elevar as metas de inflação, depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticar a meta atual.
Em contrapartida, tanto Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil (BC), quanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já disseram que essa revisão não está na pauta da reunião de hoje, o que tranquilizou os investidores no começo deste pregão.
O BC e o atual governo viveram alguns dias de tensão, com críticas do presidente Lula ao atual patamar da Selic, taxa básica de juros, hoje em 13,75% ao ano. Acenos de Campos Neto, no entanto, acalmaram a situação. O dirigente do BC disse que é justo o Executivo questionar o patamar elevado dos juros e que é trabalho do BC esclarecer e melhorar a comunicação em meio a esse debate.
No cenário internacional, investidores repercutem a divulgação dos dados de inflação ao produtor nos Estados Unidos, que subiu 0,7% em janeiro, contra projeção de 0,4%.
Analistas do BTG Pactual, destacam que, ontem, “dados mais fortes do varejo e indústria mostraram que a demanda continua resiliente”, o que pode continuar pressionando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a manter as taxas de juros elevadas durante um tempo mais longo.
“O mercado externo segue refletindo os dados do payroll e do índice de preços ao consumidor, que associados aos dados de vendas no varejo irão exigir que o FED mantenha a postura “hawkish”, e sinalizam uma trajetória mais longa e duradoura para o ciclo de alta de juros, a fim de trazer a inflação para a meta”, afirma Leandro De Checchi, analista de Investimentos da Clear.
Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Isso favorece o dólar frente a outras moedas e impacta principalmente países emergentes, como o Brasil.
Fonte: G1 Economia