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Dólar opera em baixa com expectativa de cortes nos juros dos EUA; Ibovespa sobe

No dia anterior, a moeda norte-americana teve um leve avanço de 0,02%, cotada a R$ 4,9306. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira encerrou com uma retração de 0,94%, aos 127.316 pontos.

O dólar opera o dia em baixa nesta sexta-feira (19), com investidores mais uma vez atentos aos rumos dos juros nos Estados Unidos, depois de um dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) afirmar, na véspera, que está aberto a reduzir as taxas de juros do país mais cedo do que havia previsto.

O mercado também repercute a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que é considerado uma prévia mensal do Produto Interno Bruto (PIB).

O indicador apresentou leve alta de 0,01% em novembro, contra expectativa de crescimento de 0,10%, mas encerrando uma sequência de três meses de queda.

Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta.

Dólar

Às 10h40, o dólar caía 0,32%, cotado a R$ 4,9148. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,02%, cotada a R$ 4,9306, na quarta alta consecutiva.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 1,52% na semana;
  • e ganhos de 1,61% no mês e no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,09%, aos 127.430 pontos.

Na véspera, o índice teve baixa de 0,94%, aos 127.316 pontos, no menor patamar em mais de um mês.

Com o resultado, acumulou:

  • recuo de 2,80% na semana;
  • quedas de 5,12% no mês e no ano.

O que está mexendo com os mercados?

Por mais um pregão, o grande foco dos investidores é o rumo dos juros nos Estados Unidos. Ao longo da semana, o dólar viveu quatro pregões consecutivos de altas, enquanto o Ibovespa recuou, com dúvidas sobre quando o Fed deve começar a cortar os juros no país.

Dirigentes da instituição falaram ao longo da semana, demonstrando cautela quanto ao início desse ciclo de cortes nas taxas.

Ontem, no entanto, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que está aberto a reduzir as taxas de juros dos Estados Unidos mais cedo do que havia previsto, o que trouxe um alívio de curto prazo para o mercado.

O dirigente destacou, porém, que esse cenário só será possível se houver evidências “convincentes” nos próximos meses de que a inflação está caindo mais rapidamente do que o esperado.

“Mas as evidências precisariam ser conviencentes”, disse ele, reiterando que a situação geral enfrentada pelo Fed “exige cautela”.

Já no Brasil, a prévia mensal do PIB veio abaixo das expectativas do mercado em novembro: uma leve variação positiva de 0,1%, enquanto especialistas apostavam numa alta de 0,10%.

Com esse resultado, o IBC-Br acumula uma baixa de 0,49% no trimestre encerrado em novembro,

Apesar do número mais negativo que as expectativas, o indicador apresentou uma aceleração em novembro frente a outubro, quando registrou baixa de 0,06%, encerrando, também, uma sequência de três resultados negativos nos meses anteriores.

“Contudo, diante dos efeitos cumulativos da política monetária restritiva, o alto endividamento das famílias, a dissipação dos efeitos do agro e o menor crescimento global, a economia ainda apresenta sinais de arrefecimento”, comenta Rafael Perez, economista da Suno Research.

Ainda no cenário doméstico, investidores seguem atentos às negociações políticas voltadas para a economia, principalmente as que envolvem a arrecadação federal, como a reoneração da folha de pagamentos e a reforma tributária.

Fonte: G1 Economia