 
         Na sexta-feira, moeda norte-americana caiu 0,50%, a R$ 5,3737.
O dólar opera em queda nesta segunda-feira (21), com investidores reagindo positivamente a falas recentes mais conciliadoras do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva sobre a futura postura fiscal do Brasil.
Às 11h43, a moeda norte-americana caía 0,77%, vendida a R$ 5,3325. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,5%, negociada a R$ 5,3737. Com o resultado, a moeda acumula alta de 4,03% frente ao real no mês. No ano, tem queda de 3,61%.
O que está mexendo com os mercados?
No cenário internacional, a atenção se volta para a divulgação da ata da reunião de novembro do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) na quarta-feira, depois que algumas autoridades do banco central reiteraram o compromisso de continuar com o aperto da política monetária até que a inflação esteja sob controle.
A maior preocupação do mercado segue sendo a inflação, sobretudo nos países desenvolvidos. James Bullard, dirigente do Fed de St. Louis, afirmou na quinta-feira (17) acreditar que as taxas de juros nos Estados Unidos precisam subir, pelo menos, a um nível entre 5% e 5,25% ao ano para conter o avanço dos preços.
Enquanto isso, os surtos de Covid-19 na China aumentavam as preocupações sobre a desaceleração do crescimento.
No cenário local, rumores de que o ex-ministro Fernando Haddad pode comandar a Fazenda no próximo governo podem impactar a cotação do dólar. Além disso, investidores se mantêm atentos aos próximos passos em relação à PEC da Transição, em meio à incerteza sobre a sustentabilidade das contas públicas no longo prazo.
“Além de um tom mais conciliador utilizado pelo presidente eleito, que agradeceu a carta dos economistas Arminio Fraga, Edmar Bacha e Pedro Malan, dizendo que gosta de seguir os que são bons e que irá governar com responsabilidade fiscal, a expectativa de que o texto da PEC da Transição seja amplamente desidratado no Congresso através da sua substituição por uma PEC alternativa também traz algum alívio”, afirmam, em relatório, os analistas da Guide Investimentos.
No fim de semana, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) protocolou uma PEC da Transição alternativa, que reduziria de R$ 198 bilhões para R$ 70 bilhões a ampliação necessária ao teto de gastos para garantir a manutenção do Bolsa Família em R$ 600 mensais e assegurar o adicional de R$ 150 por criança às famílias.
Com um valor acima do teto de gastos bem menor que o previsto na PEC original, o mercado, assim, adota um viés mais construtivo nesta segunda-feira com o câmbio doméstico, apesar do viés negativo para moedas de mercados emergentes no exterior.
Nesta segunda-feira, analistas do mercado financeiro aumentaram de 5,82% para 5,88% a estimativa de inflação para este ano. Foi a quarta alta seguida no indicador.
Além disso, o mercado financeiro elevou de 2,77% para 2,80% a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Já para 2023, a previsão de crescimento ficou estável em 0,70%. A projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2022 subiu de R$ 5,20 para R$ 5,25. Para 2023, avançou de R$ 5,20 para R$ 5,24.
Fonte: G1 Economia