Na quinta-feira (7), a moeda norte-americana fechou em queda de 1,44%, a R$ 5,3435.
O dólar passou a recuar nesta sexta-feira (8), conforme investidores avaliam os dados sobre desemprego nos Estados Unidos em junho, divulgados mais cedo.
Às 11h18, a moeda norte-americana recuava 0,43%, vendida a R$ 5,3206. Veja mais cotações.
Na quinta-feira, o dólar fechou em queda de 1,44%, a R$ 5,3435. Com o resultado, passou a acumular alta de 0,43% na parcial da semana e de 2,12% no mês. No ano, ainda tem desvalorização de 4,15% frente ao real.
O que está mexendo com os mercados?
No exterior, os mercados seguem pautados pelos temores de desaceleração econômica global e de uma alta mais agressiva nas taxas de juros dos EUA. Dados do mercado de trabalho nos EUA divulgados mais cedo apontam que o país criou mais de 300 mil novas vagas em junho, e o desemprego permaneceu em 3,6%, próximo às mínimas pré-pandemia.
Os preços do petróleo eram negociados com pequenas variações nesta sexta, após a forte queda nos últimos dias, com Brent cotado perto de US$ 105 o barril.
“O mercado continua dividido entre reações aos sinais de recessão e de inflação e de como as autoridades monetárias devem se comportar diante tais desafios, mas a única certeza continua a ser a forte volatilidade dos ativos de mercado financeiro, afinal, os investidores vivem de um mínimo de previsibilidade, algo difícil agora”, observou o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.
Por aqui, o IBGE divulgou nesta manhã a inflação oficial de junho. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 0,67% em junho, após ter registrado alta de 0,47% em maio. No ano, a inflação acumulada é de 5,49% e, nos últimos 12 meses, de 11,89%.
Na cena política, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) decidiu adiar para a próxima terça-feira (12) a votação da PEC (proposta de emenda à Constituição) que libera R$ 41 bilhões em gastos a pouco mais de três meses das eleições.
O adiamento, devido ao quórum baixo na sessão, foi interpretado pela oposição como uma derrota para o governo, que tentava concluir a votação desta matéria antes do fim desta semana, a fim de tentar viabilizar o início do pagamento dos benefícios até 1º de agosto.
Apelidado de “PEC Kamikaze” ou “PEC Eleitoral”, o pacote reacendeu temores de descontrole fiscal e de uma pressão ainda maior nos juros e inflação.
Fonte: G1 Economia