Especilistas planejam retirar 28 caixas metálicas que foram mapeadas
Técnicos contratados para o resgate dos contêineres que caíram do navio Log-In Pantanal no mar, há seis meses, no Porto de Santos, devem retomar os trabalhos nos próximos dias. Eles aguardam uma melhora nas condições do mar para executar o planejamento de retirada de 28 caixas metálicas que foram mapeadas mas ainda estão submersas.
No último domingo, mais dois contêineres foram removidos. Eles estavam nas proximidades do local do acidente, na Barra de Santos, que dá acesso ao canal do cais santista.
De acordo com a agente ambiental federal Ana Angélica Alabarce, do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), havia cargas nas caixas metálicas. Entre elas, aparelhos de ar condicionado, que foram recolhidos pelas equipes.
Com os dois contêineres retirados do mar, já são cinco os contentores resgatados nesta etapa dos trabalhos. A operação foi possível graças à chegada de novos equipamentos e embarcações para a operação, que é viabilizada pela Log-In, a armadora do navio.
Dos 46 contêineres que caíram, oito foram saqueados. Destes, quatro foram encontrados dias após o acidente e outros três foram removidos na última sexta-feira – resta apenas um desaparecido. Como mais 11 já foram recuperados, ainda falta a remoção de 28 contentores no total.
“Assim que o tempo melhorar ou o mar estiver mais calmo, os trabalhos serão retomados. Eles estão muito mais eficientes agora”, destacou a representante do Ibama. Segundo ela, a balsa com os aparelhos está nas proximidades da Ilha das Palmas, por ser uma área mais abrigada e segura, durante o período de alta da maré.
Acidente
Na madrugada de 11 de agosto, após concluir uma operação no cais santista, o<FI5> Log-In Pantanal</FI> aguardava na Barra de Santos, a quatro quilômetros da costa, por uma nova janela de atracação. O navio retornaria ao complexo para outro carregamento. Mas a queda dos 46 contêineres atrasou seus planos.
Aparelhos de ar condicionado, mochilas e pneus estavam entre as cargas armazenadas nos contêineres e apareceram flutuando na região. Alguns compartimentos se romperam e parte dos produtos se espalhou. A Log-In apontou “o forte mau tempo, com ondas de 3,5 a 4,5 metros de altura”, como a causa do acidente. No entanto, o inquérito da Capitania dos Portos de São Paulo apontou que houve negligência por parte da tripulação.
Fonte: A tribuna