Há ainda possibilidade de uma greve, que viria a ser realizada no mês que vem
Estivadores do Porto de Santos fizeram, nesta segunda-feira (26), uma passeata pelo Centro da Cidade, para cobrar do sindicato patronal a negociação das reivindicações da campanha salarial, com data-base em março. Há possibilidade de greve no mês que vem.
O presidente do Sindicato dos Estivadores (Sindestiva), Rodnei Oliveira da Silva, disse ter entregue a pauta de reivindicações em dezembro do ano passado e, também, que ainda não recebeu a resposta do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp). “Eles não vieram para a mesa e não marcaram o calendário de negociações. Nós queremos que sejam abertas as conversas para que possamos buscar entendimento”, afirmou.
Os estivadores saíram em passeata da sede do sindicato, no Paquetá, entraram na Rua João Pessoa e foram até a sede do Sopesp, na Rua Amador Bueno.
Diretores do Sindestiva e representantes dos trabalhadores foram recebidos pelo diretor-executivo do Sopesp, José dos Santos Martins.
Entre as reivindicações estão o reajuste com ganho real (acima da inflação) de 10%, a utilização igualitária de avulsos e vinculados no Porto e, ainda, que não haja a obrigatoriedade de descanso de 11 horas entre turnos, o que passará a valer na quinta-feira. Os avulsos entendem que serão prejudicados, pois terão o tempo de trabalho reduzido. Segundo Rodnei, se em uma semana não houver negociações, a assembleia será convocada e poderá aprovar uma greve.
Conforme o diretor do Sopesp José dos Santos Martins, as reivindicações estão sendo analisadas. “O Sopesp já encaminhou para todas as câmaras setoriais e as negociações estão em andamento”.
Martins ponderou que há uma convenção coletiva, resultado da campanha salarial anterior, pronta para ser assinada desde agosto de 2017, com praticamente os mesmos pontos da pauta entregue em dezembro. “Foi encaminhada ao sindicato e, a qualquer momento que queiram assinar, nós assinaremos”. Sobre o descanso de 11h, Martins sustentou que trata-se de uma lei.
Fonte: A tribuna