Operação, iniciada na tarde de quarta, tem como objetivo garantir acesso de veículos a terminais
Mais de 1,5 mil militares do Exército, da Infantaria da Força Aérea e do Grupamento dos Fuzileiros Navais, com o apoio de soldados do Baep, acompanham nesta quinta-feira (31), a liberação de caminhões que estavam represados no ‘retão’ da Alemoa. Eles fazem a segurança dos veículos nos acessos ao Porto de Santos. A operação, que teve início por volta das 6 horas, ocorre após caminhoneiros autônomos decidirem manter a paralisação iniciada na Cidade há onze dias.
Até o início desta tarde, cerca de 300 veículos de um total de 1 mil, que estavam parados no local há pelo menos uma semana, deixaram a região rumo aos terminais do cais santista.
Conforme o coronel Claudio Boaventura Martins, chefe da seção de comunicação social do Comando Militar Sudeste, com a concentração de militares espalhados pelo Porto, a ideia é criar um corredor de segurança para aqueles que desejem ter acesso aos terminais.
“Nosso objetivo aqui é proporcionar aos caminhoneiros segurança para que eles retomem as suas atividades, para que exerçam seus direitos de ir e vir. Nossa permanência aqui será até que todo o Porto de Santos esteja normalizado. Vamos ficar aqui 24h por dia, aguardando essa normalização”, explicou o coronel.
O tráfego de caminhões no local começou a ser restabelecido no final da tarde desta quarta-feira (30). A liberação só ocorreu 10 dias após o início da greve e, a partir de agora, a retomada das operações será coordenada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), responsável por um plano logístico a ser implantado no cais santista.
A Reportagem esteve no local e conversou com o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), Alexsander Viviani, que reforçou que a categoria permanecerá no local ao longo desta quinta-feira. A expectativa, segundo ele, é de que as negociações com o governo estadual avancem nos próximos dias.
Ainda conforme Viviani, apesar da operação, apenas caminhões contratados por empresas portuárias, estão deixando o local de paralisação. Os quase 6 mil autônomos, que atuam na Baixada Santista, seguem paralisados.
Conforme o coronel Martins, mesmo com a liberação do trânsito de caminhões, não haverá nenhuma ação contra os caminhoneiros, uma vez que “é livre o direito de manifestação”.
Fonte: A tribuna