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Ibovespa sobe acima dos 130 mil pontos após queda da taxa Selic; dólar cai

No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,97%, cotada a R$ 4,9177. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira subiu 2,42%, aos 129.465 pontos, no maior resultado desde junho de 2021.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta segunda-feira (14) e ultrapassa a barreira dos 130 mil pontos, puxado pelas empresas de consumo doméstico, com investidores repercutindo as decisões de política monetária aqui e lá fora.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a Selic, taxa básica de juros, em 0,5 ponto percentual, de 12,25% ao ano para 11,75% ao ano.

Já nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve seus juros entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas com o presidente da instituição, Jerome Powell, sinalizando que os aumentos dos juros do país podem ter chegado ao fim.

Neste mesmo cenário, o dólar opera em queda.

Dólar

Às 10h50, o dólar caía 0,32%, cotado a R$ 4,9018. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,97%, vendida a R$ 4,9177. Com o resultado, passou a acumular:

  • queda de 0,24% na semana;
  • avanço de 0,05% no mês;
  • recuo de 6,83% no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa subia 1,00%, aos 130.765 pontos.

As ações ligadas ao consumo doméstico, que são beneficiadas pela redução na taxa Selic, estão entre as principais altas do dia, com destaque para a construtora Cyrella e a rede de atacarejo Assai, ambas com altas de mais de 4%.

No dia anterior, o índice fechou em alta de 2,42%, aos 129.465 pontos, na maior pontuação desde 24 de junho de 2021. Com o resultado, passou a acumular:

  • alta de 1,82% na semana;
  • alta de 1,63% no mês;
  • ganhos de 17,93% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

O Copom optou por cortar, mais uma vez, a taxa Selic em 0,5 ponto percentual e já sinalizou que novos cortes são previstos para 2024.

André Meirelles, Diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart XP, destaca que o comitês disse “que o cenário internacional, apesar de continuar volátil, mostra-se menos adverso do que na reunião anterior, marcado pela queda nas taxas de juros longas dos Estados Unidos e pela incipiente queda nos núcleos da inflação”.

O especialista continua: “de modo geral, o comunicado não trouxe grandes mudanças em relação ao anterior e também reforçou a importância do cumprimento da meta fiscal para a ancoragem nas expectativas de inflação e, consequentemente para a política monetária”.

Juros mais baixos favorecem a economia, principalmente as empresas ligadas ao consumo doméstico, como varejistas e construtoras, já que fica mais barato para a população tomar crédito e financiar compras.

Já nos Estados Unidos, o Fed manteve os juros em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano em decisão unânime. Esse continua sendo o maior nível das taxas desde 2001.

O grande destaque veio depois do anúncio, quando Jerome Powell, em entrevista a jornalistas, sinalizou que os aumentos dos juros do país podem ter chegado ao fim. Mas ponderou.

O chefe do BC norte-americano também afirmou que, embora não vejam como provável a elevação da taxa de juros, as autoridades do Fed não querem tirar a possibilidade da mesa. “Estamos preparados para apertar ainda mais a política monetária, se for apropriado.”

A decisão em si já era esperada pelo mercado, já que os índices de inflação no país mostram sinais de desaceleração. A inflação anual, em novembro, caiu de 3,2% para 3,1%, enquanto a meta do Fed é de 2%.

Em comunicado, a instituição informou que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica do país “desacelerou em relação ao ritmo forte registrado no terceiro trimestre”.

A afirmação representa uma atualização frente ao último comunicado, em novembro, quando o colegiado destacou o avanço do ritmo da atividade econômica. Entre julho e setembro, o PIB norte-americano subiu a uma taxa anual de 4,9%, o maior crescimento desde 2021.

A expectativa é que o Fed só inicie um ciclo de cortes nas taxas em meados de 2024.

Fonte: G1 Economia