Há quatro dias, parte dos sindicalistas acampa no acesso à nova instalação da empresa, localizada na Ilha Barnabé.
Além disso, o presidente do Sindicato dos Estivadores, Rodnei Oliveira, garante que não haverá ocupação pelo mar, como já ocorreu das outras vezes. “A Polícia Federal está fazendo a segurança do navio, como se fosse empresa privada contratada pelo terminal. É um vergonha, um absurdo”, critica o presidente da estiva.
Na última sexta-feira, a empresa apresentou proposta para que houvesse uma transição do trabalho avulso para o vínculo empregatício. Nestas condições, 50% da mão de obra seria avulsa e 50% vinculada às operações por 90 dias. Depois do período, haveria imediata vinculação.
No entanto, os estivadores negaram negociação com a Embraport e resolveram se manifestar impedindo a circulação de veículos na estrada de acesso à empresa. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Portuários (Sintraport), Claudiomiro Machado, o Miro, a categoria não é contra a Lei dos Portos, mas entende que a empresa não a cumpre corretamente.
“A Embraport não contratou primeiramente os trabalhadores vinculados ao Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo). Não houve nenhuma negociação com o Sindicato”, avalia. Na terça-feira, às 9 horas, o Sindicato deve promover assembleia com a categoria, em Santos. “A princípio, vamos ficar até terça. Mas, nós chegamos no limite com a Embraport”.
A assessoria da Embraport informou que não houve paralisação de operação do navio. Entretanto, os trabalhadores bloqueavam a movimentação terrestre (de caminhões) e de funcionários do terminal.
Fonte: A Tribuna