Atualizado às 11h29
Após quase 4 horas de bloqueio no Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-248/55), manifestantes foram dispersados pela ação da Tropa de Choque da Polícia Militar. O comando do policiamento no Estado determinou que a via, principal acesso para o Polo Industrial e a Margem Esquerda (Guarujá) do Porto de Santos, fosse reaberta ao tráfego de veículos.
A rodovia foi totalmente liberada no sentido Guarujá, por volta das 11h20, depois do enfrentamento a Polícia Militar. Em uma tentativa de impedir a ação dos oficiais, alguns manifestantes montaram uma barricada próximo ao viaduto das indústrias petroquímicas. Em seguida, os manifestantes rumaram em direção ao Centro da cidade, onde incendiaram um ônibus fretado da Breda.
O grupo, de aproximadamente 500 pessoas, bloqueava a Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-248/55) desde as 7 horas desta segunda-feira. O líderes do ato disseram que só terminariam o protesto após o meio dia ou com a presença da prefeita de Cubatão, Márcia Rosa. A Polícia Militar, com apoio da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), no entanto, recebeu ordens para intervir e liberar o fluxo.
O protesto que se iniciou de forma pacífica tem como reivindicação principal a redução de tarifas para o transporte público na cidade. Atualmente, o valor é de R$ 3,10, mas os manifestantes querem reduzi-la para R$ 2,50. Por volta das 10 horas, os militantes fecharam os dois sentidos da Domênico Rangoni, que ficou totalmente interditada em direção ao Guarujá e à Via Anchieta.
Em um grupo na rede social, internautas justificam o motivo de bloquear o único acesso de veículos comerciais à Margem Esquerda (Guarujá) do mais importante complexo portuário das Américas. “Para causar uma maior visibilidade e causar um grande gargalo ao Polo Industrial e Porto de Santos é necessário que o protesto seja realizado no horário de pico”, postou um dos militantes.
O trevo que interliga a Domênico Rangoni com a Via Anchieta está com o trânsito parado. O protesto, que é pacífico e é acompanhado de perto por soldados da Polícia Militar, começou por volta das 7 horas e não tem hora para acabar. A PRE diz que o único acesso ao Guarujá passa a ser a travessia de balsas, que já acumula mais de 30 minutos de espera em ambos os lados.
Mais manifestações
Ainda nesta semana, manifestantes pretendem tomar as ruas das cidades da região. Na terça-feira, quase 3 mil pessoas confirmaram presença no ato contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, que limita os poderes de investigação do Ministério Público. “A concentração ocorrerá na Praça da Independência (Gonzaga) e seguirá pela orla da praia. Acredito que este percurso evitará a ação de vândalos”, disse uma das organizadoras.
Até sexta-feira, porém, a ação sai de terra firme vai para a água. Praticantes de esportes náuticos pretendem interromper o fluxo de embarcações mercantes no Canal do Estuário do Porto de Santos. “Peguem suas pranchas, seus caiaques, stand-ups, canoas. Vamos parar a importação e exportação do país por algumas horas”, enfatizou, na internet, a intenção do movimento. A intenção é alertar para os problemas envolvendo o complexo portuário (como a poluição).