Ainda não há uma data definida para que o procedimento comece a ser realizado.
A Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos do Estado de São Paulo, solicitou reajustes no plano para a destruição dos 115 cilindros com gases tóxicos e inflamáveis, que estão armazenados no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. A previsão era que os cilindros fossem levados para o alto-mar entre esta quarta (23) e quinta-feira (24), porém, ainda não há uma data definida para que o procedimento comece a ser realizado.
Os cilindros com gases já estão a bordo da balsa Confiança 5, que os transportará até 90 quilômetros da costa de Santos. As autoridades portuária, marítima e ambiental informaram ao G1, nesta terça-feira, que a operação só dependia das condições climáticas. Porém, nesta quarta-feira, o Capitão dos Portos, o comandante Alberto José Pinheiro de Carvalho, disse que ainda há pendências.
“Solicitamos um reajuste no plano de reboque. O armador proprietário do rebocador também viu a necessidade de fazer um ajuste no equipamento. Nós imaginamos que, a partir de amanhã, a questão das embarcações estejam resolvidas. A balsa já está pronta”, disse ele.
A balsa, onde estão os contêineres com os cilindros, e outra embarcação que levará os trabalhadores que realizarão o serviço em alto-mar, estão atracados no Porto de Santos. Já o rebocador está sendo preparado na empresa Mar Forte.
Ainda segundo o Capitão dos Portos, ainda não há uma data definida para que o procedimento comecesse a ser realizado. Quando isso acontecer, o canal do Porto de Santos deverá ficar fechado para o trânsito de navios e operação de travessia de balsas.
“Na hora que for sair, não poderá ocorrer nenhuma movimentação de navios, como já está previsto nas nossas normas para navios que transportam material químico. Quando saírem da barra, o canal vai ser reaberto novamente”, falou.
Cilindros
A existência dos cilindros de 20 anos foi revelada depois que a Codesp solicitou autorização ao Conselho Municipal de Meio Ambiente de Guarujá para queimar os gases na cidade. O pedido foi negado, e o Ministério Público solicitou que a estatal apresentasse um novo plano.
O Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema) do MP abriu um inquérito para investigar o caso, e pediu um plano de destinação à estatal. A solução apresentada pela Codesp, em acordo com órgãos ambientais, foi a de destruí-los em alto-mar.
Pelo armazenamento irregular e pelo vazamento de gases durante o manuseio dos cilindros durante a troca de armazéns, a Codesp foi multada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em duas ocasiões, em R$ 50 mil e em R$ 500 mil.
Fonte: G1