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Marinha vai realizar última vistoria para a remoção e destruição dos cilindros

Ibama já deu o aval para a operação e prepara equipe técnica para acompanha processo

O início dos trabalhos para a remoção e destruição dos 115 cilindros com gases tóxicos e explosivos que estão armazenados no Porto de Santos depende de uma última vistoria da Marinha do Brasil em um rebocador que deve participar da operação.

A Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) já fez outras duas perícias em outros dois rebocadores contratados pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o complexo portuário santista, e reprovou as embarcações por não serem específicas para a navegação em alto-mar, navegando por longas distâncias.

“Estamos trazendo um navio do Rio de Janeiro para suprir as exigências da Marinha e até segunda-feira ele deve passar pela Capitania”, garante José Alex Oliva, presidente da Codesp.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já deu o aval para a operação e prepara uma equipe técnica que acompanhará todo o processo de destruição dos produtos químicos.

Na última sexta-feira (18), o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) da Baixada Santista do Ministério Público Estadual, que abriu um inquérito para acompanhar a situação dos cilindros, promoveu um encontro para esclarecer dúvidas dos interessados nos trabalhos.

Técnicos da Suatrans, empresa especializada contratada pela Codesp para realizar a operação, apresentaram um resumo do plano de trabalho e detalhou como será feita a destruição de cada um dos produtos.

Os especialistas explicaram o tipo de destruição prevista para cada um dos gases – fosfina, diborano, silano, cloreto de hidrogênio, diazometano e trifluoreto de boro –, os riscos de cada produtos e os cuidados com a preservação do meio ambiente.

Os serviços devem começar depois que a Marinha aprovar a última embarcação. A previsão é que, dependendo do tempo, o processo seja finalizado em até 30 dias.

Durante a operação, a navegação do canal do Porto deve ser interrompida por questões de segurança. O espaço aéreo também será bloqueado. Para evitar riscos à população e qualquer estrutura, os produtos devem ser levados a uma distância de 100 quilômetros de qualquer área habitada, de preservação ambiental, de perfuração ou qualquer outra estrutura. A promessa é de que os produtos não devem ter nenhum contato com o mar.

Os gases estão “esquecidos” há mais de 20 anos na área portuária. De acordo com Oliva, os cilindros teriam sido apreendidos e colocados sob custódia da empresa, que entrou em falência. “Sem dono, isso acabou caindo no colo da Codesp”, diz o presidente da Docas.

Além da Codesp e CPSP, participaram do encontro representantes do Ministério Público Federal (MPF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santos, Ibama e Defesa Civil de Santos. (EC)

Fonte: A tribuna