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No Porto, prevenir acidentes é ordem

Simulados e palestras ajudam a minimizar os riscos no cais santista

Hoje, no Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, o Porto de Santos abre os seus Gates e mostra como evitar ou minimizar os riscos nos terminais do cais santista. Simulados, orientações sobre a utilização dos equipamentos de proteção e qualificação profissional são algumas das medidas adotadas para garantir a integridade física dos funcionários.

Acidentes envolvendo o maquinário de instalações costumam ser os mais comuns, quando se fala em complexos portuários. Recentemente, um trabalhador faleceu em Santos, após ter a perna atingida pela lâmina de uma máquina de limpeza de silos, no depósito do T-Grão Cargo. Segundo a empresa, o funcionário “executou uma manobra fora dos padrões indicados pela companhia”.

Devido, justamente, a casos como este que o Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), responsável pela escala dos TPAs (os avulsos), é um dos que mantêm um cronograma de ações voltadas à prevenção de acidentes e de doenças profissionais.

Entre os trabalhos desenvolvidos estão inspeções de segurança rotineiras visando identificar irregularidades, que não atendam as normas e procedimentos estabelecidos.

Conscientizar os TPAs também é considerado primordial pelo órgão, que por meio dos chamados Diálogos Diários de Meio Ambiente e Segurança (DDMAS), orienta os profissionais sobre a correta utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Além disso, são abordados temas relacionados à educação ambiental e aos riscos operacionais existentes no Porto. Em média, cerca de dois mil avulsos são atendidos pelos DDMAS por mês.

Cinco programas, de Controle Médico de Saúde Ocupacional(PCMSO),de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), de Proteção Respiratória (PPR) e também de Conservação Auditiva(PCA) integram as iniciativas do Ogmo, que ainda aposta na qualificação permanente para reduzir os riscos.

As iniciativas do Órgão Gestor se assemelham ao trabalho feito pela Comissão Interna de Acidentes (Cipa) da Codesp.

Na lista de atribuições da Autoridade Portuária também constam inspeção, orientação e fiscalização de áreas e operações.

Mas, como administradora do Porto, o trabalho da estatal é ainda mais amplo. É de responsabilidade da Docas assessorar os diversos órgãos da empresa, nos assuntos relativos à Segurança do Trabalho; elaborar e implantar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais(PPRA) e cumprir a legislação específica relativa à saúde e segurança ocupacional, elaborando as normas e procedimentos correspondentes.

A Codesp também mantém os quadros estatísticos de acidentes do trabalho, administra o controle de laudos periciais trabalhistas e divulga questões voltadas ao tema aos funcionários, além de manter Planos de Emergências Individuais e de Contingências e gerenciar os programas de identificação, avaliação de perigos e de riscos à saúde ocupacional e à segurança do trabalho.

SIMULADOS

Em alguns terminais, a realização de simulados é uma das melhores opções para que seja avaliada a capacidade de resposta frente a uma situação de emergência. A Brasil Terminal Portuário (BTP), é uma das empresas que confia nos simulados para prevenir acidentes. A operadora acaba de construir um terminal na região da Alemoa para a movimentação de contêineres e granéis líquidos. O início dos trabalhos na área depende apenas da finalização da dragagem de acessos a berços.

Mas, antes mesmo de começar a funcionar, o terminal já demonstrou preocupação com a segurança. Durante as obras, a BTP promoveu simulados de abandono de área, resgate e salvamento em diferentes modalidades, combate a incêndio, comunicação de emergência e vazamento de produtos químicos. “Administramos cerca de 4.000 horas/ homem em treinamento durante o período de setembro de 2012 a julho de 2013”, garantiu a empresa, que possui um cronograma de simulados para este ano, com renovação para 2014 com novos cenários.

Para oferecer os treinamentos, a BTP adquiriu simulador de modelo AriCrane Simulator – único no País – que permite aos alunos fazerem movimentos reais. Sensores anticolisão, caminhão de combate a incêndio equipado com canhão de água operado por controle remoto, ambulância, equipamentos de resgate e EPI que atendem necessidades operacionais também estão na lista obrigatória do terminal.

Fonte: A Tribuna