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Nova profundidade do Trecho 3 será anunciada nesta semana

Na próxima quarta-feira, o Trecho 3 do canal de navegação (calha central) do Porto de Santos terá sua nova profundidade oficializada pela Marinha. A região, que vai das proximidades do Armazém 25 até o Paquetá, terá sua fundura homologada em 14,5 metros. Com isso, navios com calado (a distância entre a linha d´água e o fundo da embarcação) de até 13,2 metros poderão trafegar em segurança.

A confirmação da profundidade ocorrerá em uma reunião entre a Marinha e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária de Santos. Nesse encontro, também será estimada uma data para a homologação da fundura do Trecho 4, que vai do Paquetá até a Alemoa.

A informação sobre a oficialização da profundidade do Trecho 3 partiu do diretor comercial do terminal Embraport, Michael Martins da Silva, durante reunião com profissionais do mercado na última sexta-feira, na sede da instalação, que fica na Área Continental de Santos.

Para a Embraport, a homologação da nova profundidade significa a possibilidade de receber navios com maior calado. O berço da instalação já conta com 16 metros de fundura, enquanto o acesso tem 14,1 metros.

O calado máximo que será permitido no Trecho 3, 13,2 metros, é o mesmo do Trecho 1 (da barra até o Entreposto de Pesca), que tem uma profundidade de 14,9 metros, e do Trecho 2 (do entreposto até as torres de energia), com 14,5 metros de fundura.

A distância total da linha d´água até o fundo do canal não é utilizada por uma medida de segurança exigida pela Marinha.

De acordo com Silva, as armadoras aguardam ansiosas a possibilidade do envio de embarcações maiores ao cais santista. “Armadores cobram e querem operar. Já estão anunciando navios com 366 metros de comprimento para 2015 e queremos atender”, destacou.

O plano dos donos de navios é reduzir os custos transportando mais cargas. Como serão usadas embarcações maiores, o número de viagens será menor, reduzindo os gastos de combustíveis e operacionais.

O aumento da concorrência no Porto de Santos, com a entrada em operação dos dois novos terminais de contêineres, a Embraport e a Brasil Terminal Portuário (BTP), já forçaram uma redução nos custos operacionais no cais santista. De acordo com Silva, a queda nas tarifas cobradas pelas instalações dos armadores caiu entre 12% e 15%, dependendo do volume do serviço contratado.

“Até 2012, os terminais fizeram uma festa de manter os preços baixos e reajustar anualmente pra mais. Neste ano, pararam com os aumentos e baixaram o preço genérico”, disse o diretor comercial.

2ª fase

A Embraport, que movimentou 50 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) no mês passado, pretende definir no início do ano que vem quando iniciará as obras da segunda fase do terminal. A ideia é começar os trabalhos em 2015.

Do plano de investimento de R$ 2,3 bilhões, R$ 1,8 bilhão já foram investidos na construção da primeira fase da instalação, o que possibilitou a entrega de 653 metros de cais. O plano da Embraport é ter 1,1 mil metros de cais operando em 2016.

Além das obras civis, será necessário comprar novos equipamentos. Seis portêineres (equipamentos que transportam contêineres entre o navio e o cais), 22 RTGs e 90 terminal tractors estão na lista de novas aquisições.

Além da data do início da construção da 2ª fase, os acionistas da Embraport precisam decidir se implantarão o terminal de líquidos, proposto originalmente no projeto do terminal. Caso contrário (uma hipótese que não é descartada), eles terão de alterar o projeto na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). “A concentração atual é manter o tema 100% em cima dos contêineres”, destacou o diretor comercial da Embraport, Michael Martins da Silva.

Fonte: A Tribuna