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PIB do Brasil cresce 0,2% no 2º trimestre e segue no patamar de 2011

Resultado foi sustentado pelo setor de serviços e pressionado por forte queda nos investimentos e recuo da indústria. IBGE revisa para baixo PIB do 1º trimestre, de 0,4% para 0,1%.

PIB brasileiro cresce 0,2% no 2º trimestre de 2018, aponta IBGE

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,2% no 2º trimestre de 2018, na comparação com os três meses anteriores, divulgou nesta sexta-feira (31) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,693 trilhão.

O resultado foi sustentado pelo setor de serviços e pressionado por forte queda da indústria e dos investimentos, reforçando a leitura de perda de ritmo e recuperação ainda mais lenta da economia brasileira.

Veja os principais destaques do PIB:

  • Serviços: 0,3%
  • Indústria: -0,6%
  • Agropecuária: 0
  • Consumo das famílias: 0,1%
  • Consumo do governo: 0,5%
  • Investimentos: -1,8%
  • Construção civil: -0,8%

 

Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o PIB avançou 1%. No acumulado em 12 meses, o PIB cresceu 1,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

Apesar do desempenho ainda frustrante da economia brasileira, o resultado do PIB veio dentro do esperado pelo mercado.

O maior patamar de PIB do Brasil foi registrado no primeiro trimestre de 2014, antes do início da recessão. “Em relação a este pico, o patamar atual está distante 6%”, destacou Rebeca.

Segundo a última pesquisa Focus do Banco Central, a expectativa do mercado é que a economia cresça 1,47% em 2018, metade do que era esperado alguns meses antes. Parte dos analistas já começa a considerar agora uma alta do PIB mais próxima a 1% no ano.

Diante da fraqueza da recuperação, a expectativa dos analistas é que a economia brasileira só volte ao patamar de antes da recessão a partir de 2021, talvez só em 2022.

Com o consumo das famílias ainda sendo pressionado pelo elevado desemprego e os investimentos limitados pela ociosidade das empresas e pela incerteza eleitoral, tem faltado impulso uma retomada mais consistente da economia.

Com os receios sobre o futuro, investimentos acabam sendo deixados na gaveta e consumidores também passam a comprar menos ou a adiar gastos. Já o governo está sem margem de manobra para investir, por conta das contas públicas no vermelho. Tudo isso cria um círculo vicioso que leva a economia a não sair do lugar.

A taxa de investimento chegou ficou em 16% do PIB, acima da registrada no mesmo período de 2017 (15,3%), mas segue no patamar de 2009 e ainda distantedo pico de 27% registrado no 3º trimestre de 2013.

Construção acumula 17 trimestres de queda

Já a construção civil recuou 0,8% no 2º trimestre na comparação com o trimestre anterior e caiu 1,1% contra o mesmo trimestre do ano passado, acumulando 17 trimestres seguidos de queda nesta base de comparação.

“O que puxa essa queda é a infraestrutura, não a construção privada”, disse Claudia Dionisio, destacando que o o aumento dos estoques de imóveis não se traduz, necessariamente, em venda ou locação.

Fonte: G1 Economia