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Porto tem 23 áreas inscritas para seleção de pátios reguladores

Um total de 23 áreas foi apresentado para a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a estatal que administra o Porto de Santos, durante o período de chamada pública para a implantação de pátios reguladores de caminhões. Nos próximos dias, a Autoridade Portuária pretende concluir as visitas técnicas de conhecimento a esses terrenos, que ficam em 12 cidades, e suas avaliações, que serão encaminhadas em um relatório à Secretaria de Portos (SEP).

Neste documento, serão indicadas as áreas mais apropriados para a implantação dos bolsões de estacionamento.

A utilização de pátios reguladores é apontada pela SEP como uma saída para minimizar os impactos do escoamento da safra agrícola pelo Porto de Santos nas cidades da Baixada Santista. A ideia é represar o grande fluxo de caminhões que seguem em direção aos terminais graneleiros antes de os veículos descerem a Serra, de modo a evitar que causem congestionamentos nas estradas que atendem os municípios da região.

Conforme o regramento da Codesp, por exemplo, caminhões com soja terão de necessariamente passar por esses bolsões de estacionamento e permanecer lá até que haja vagas para descarga nos terminais do cais santista.

Segundo o ministro dos Portos, Antônio Henrique Silveira, a intenção do Governo Federal é implantar essas instalações no mês que vem.

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Os pátios podem ser uma saída para evitar os congestionamentos causados durante o escoamento da safra

 

O edital para a seleção de pátios publicado pela Autoridade Portuária impôs que a área a ser indicada deve estar localizada próxima às rodovias Anchieta e Imigrantes ou ao Rodoanel Mário Covas, em áreas do planalto. Ela ainda pode estar localizada às margens da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, na Baixada Santista.

Os terrenos que podem se tornar pátios reguladores precisam ter um mínimo de 50 mil metros quadrados de área comprovados em documentos de posse. Também deverão ser oferecidas, pelo menos, 400 vagas de estacionamento para caminhões.

Segundo o ministro dos Portos, Antonio Henrique Silveira, inicialmente, nove áreas foram indicadas por seus proprietários. No entanto, outros 14 terrenos foram inscritos, segundo a Codesp.

As primeiras nove áreas foram apresentadas por seis proprietários, já que dois ou mais terrenos podem pertencer ao mesmo dono. Elas estão localizadas nas cidades de Cubatão, São Vicente, São Bernardo do Campo, Sumaré, Guararema, Ribeirão Pires, Mauá e Suzano. As três últimas ficam nas proximidades do Rodoanel Mário Covas, em seu trecho Leste.

Já as outras 14 áreas pertencem a apenas três empresas. Elas ficam nas cidades de Santos, Cubatão, Lorena, São Bernardo do Campo, Guarujá e Bertioga. Estes terrenos ainda não foram vistoriados pelos técnicos da Companhia Docas.

Vistorias

As inspeções feitas pela Codesp vão servir para analisar a viabilidade técnica para a implantação dos pátios. Além da localização, as áreas dos terrenos e o estado de conservação serão avaliados por técnicos da estatal, que serão responsáveis pelos credenciamentos.

Mas o fato de uma área ser credenciada não significa que ela irá abrigar um pátio regulador. Com a grande quantidade de manifestações, os empreendimentos podem não se tornar viáveis economicamente para os proprietários, que decidirão se vale a pena implantar os bolsões de estacionamento.

De acordo com o regulamento elaborado pela Codesp, o proprietário da área precisa garantir a instalação de cabines para o acesso de caminhões. Essas guaritas contarão, obrigatoriamente, com sensores com tecnologia OCR (Optical Character Recognition ou, na tradução do inglês, reconhecimento ótico de caracteres).

Já este sistema deverá ser interligado ao programa de agendamento de caminhões da Codesp. Além disso, o dono do pátio regulador deverá prover informações aos caminhoneiros com relação aos procedimentos adotados no transporte das cargas até o Porto de Santos.

Em termos de infraestrutura, o pátio regulador deverá ter vigilância 24 horas, com câmeras em toda a área, que deve ser cercada de muros de, no mínimo, dois metros de altura. Drenagem de solo, iluminação e vias de acesso adequadas para o trânsito pesado de mercadorias também fazem parte das exigências, assim como postos de abastecimento, sanitários, locais de descanso e lazer dos caminhoneiros.

Fonte: A Tribuna