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Portuários ameaçam fazer greve no cais na próxima terça-feira

O Porto de Santos pode ter mais uma greve na próxima terça-feira. E dessa vez o movimento não tem nada a ver com a Medida Provisória 595. O motivo de indignação de cinco sindicatos, que representam mais de 3 mil portuários, é a demora nas negociações salariais com o Sindicato dos Operadores Portuários de São Paulo (Sopesp).

Eles se dizem cansados de esperar uma resposta definitiva dos empresários e ameaçam cruza os braços até que o Sopesp resolva o assunto e feche acordos de trabalho com os seguintes sindicatos: Operários Portuários (Sintraport), Operadores de Guindaste e Empilhadeira (Sindogeesp), Empregados na Administração Portuária (Sindaport), Conferentes e Rodoviários.

Todos já publicaram editais de greve e esperam as respostas de seus associados para organizar o movimento. Ontem, o Sindaport realizou assembleia e já definiu pela paralisação da categoria. O presidente da entidade, Everandy Cirino dos Santos, diz que acertará os detalhes com os presidentes dos outros quatro sindicatos na segunda.

“A greve pode ser evitada pelos empresários a qualquer momento. Basta um ato do Sopesp: encaminhar aos cinco sindicatos uma liberação para entrarmos com dissídio coletivo na Justiça do Trabalho. Aí a gente não faz a greve”.

Os cinco sindicatos reclamam a mesma coisa: desde o ano de 2009 não conseguem fechar acordo salarial com o Sopesp. Mas eles não entraram em greve e, portanto, não tiveram como procurar a Justiça do Trabalho e pedir ajuda.

“É lamentável que os patrões tenham essa atitude conosco. Os portuários podem ficar sem piso salarial e outras conquistas obtidas em anos anteriores”, corneta o presidente do Sindogeesp, Guilherme do Amaral Távora.

Resposta

Quem não ficou nada feliz com a bronca pública dos portuários e a ameaça de greve foi o diretor-executivo do Sopesp, José dos Santos Martins. Em um comunicado, ele se mostrou indignado com as reclamações e rebateu as acusações dos sindicalistas.

“Realizamos desde o início de 2012 quase uma centena de reuniões de negociação coletiva com os sindicatos, tendo dado prioridade aos itens de excepcionalidades e multifuncionalidade”.

Ele admite que os acordos não foram fechados, mas “enviamos minutas de convenção coletiva de trabalho, visando dar continuidade às negociações coletivas, documento essencial para estabelecer a continuidade até o consenso do texto final para ser firmado entre as partes”.

 

Fonte: A Tribuna