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Retrospectiva 2013: avanços e caos

Uma nova lei dos portos, que levou o Governo a propor novos investimentos no setor. E motivou críticas e protestos de trabalhadores e outras autoridades. No Porto de Santos, filas na chegada da safra, novos terminais, uma nova profundidade no canal de navegação e um desastre que afetou sensivelmente a capacidade do complexo para exportar açúcar.

Estes foram alguns dos fatos que marcaram 2013, um ano que trouxe sensíveis mudanças para o setor portuário brasileiro e, especialmente, para Santos, seu principal complexo.

Em uma retrospectiva dos últimos 12 meses, considerando o cenário nacional, a mudança do marco regulatório do setor foi claramente o fato de maior destaque. Após uma confusa e corrida aprovação no Congresso, marcada por negociações desrespeitadas e promessas não cumpridas, a nova Lei dos Portos, de nº 12.815, foi promulgada pela presidente Dilma Rousseff em 5 de junho.

Logo vieram os planos do Governo para novos terminais, públicos e privados, e os protestos, tanto de trabalhadores como de autoridades, caso da Prefeitura de Santos e do Tribunal de Contas da União (TCU), devido aos conflitos criados pelos projetos federais. Estes, aliás, foram os primeiros desafios enfrentados pelo novo ministro dos Portos, Antonio Henrique Silveira, que sucedeu José Leônidas Cristino no cargo em outubro.

Analisando pontualmente o Porto de Santos, 2013, que se encerra em poucas horas, entra para a historia como o ano em que sua infraestrutura demonstrou suas principais limitações e apresentou os maiores avanços. Logo no primeiro semestre, a descoordenada chegada dos caminhões trazendo a safra agrícola a ser exportada causou intensos congestionamentos no Sistema Anchieta-Imigrantes e na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, as estradas que servem de acesso rodoviário ao complexo.

As megafilas, que, em alguns dias, chegaram a ultrapassar os 50 quilômetros de extensão, mostraram a falta de planejamento no transporte dessas mercadorias e a necessidade de novos acessos terrestres ao cais santista.

Outro fato marcante foi a destruição de seis armazéns do Terminal Copersucar, de embarque de açúcar, naquele que foi considerado o maior incêndio na história do complexo.

Mas o mesmo ano também trouxe ao Porto melhorias em sua infraestrutura, como a entrada em operação de dois terminais de contêineres, da Embraport e da Brasil Terminal Portuário (BTP), e a homologação da nova profundidade de boa parte do canal de navegação.

Fonte: A Tribuna